O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) usou as redes sociais nesta sexta-feira (23) para denunciar o aumento expressivo dos atendimentos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) às segundas-feiras.
Segundo o gestor, o aumento dos atendimentos ocorre devido à procura por atestados médicos. Abilio diz que, nas segundas, para cada pessoa que busca atendimento para alguma doença, há outras quatro querendo apenas atestado médico.
As Upas e Policlínicas na sexta-feira estão praticamente vazias, mas aposte comigo: segunda-feira vai estar tudo lotado!
“As UPAs e Policlínicas na sexta-feira estão praticamente vazias, mas aposte comigo: segunda-feira vai estar tudo lotado! ‘Mas, Abilio, você vai mesmo culpar a população sobre as UPAs lotadas?’ Não, eu estou mostrando a realidade”, disse em vídeo.
O prefeito apontou para um televisor com imagens que disse ser da UPA do bairro Jardim Leblon, com uma sala praticamente vazia, e comparou os dados de atendimentos realizados ao longo do mês de maio.
Segundo o gráfico exibido por ele, nos dias úteis da semana, especialmente às segundas, os atendimentos disparam. No dia 5 de maio, por exemplo, uma segunda-feira, foram registrados 544 atendimentos, e na sexta-feira, o número foi de 463.
O mesmo padrão se repetiu nas semanas seguintes, com o dia 19 de maio marcando o pico de atendimentos: 608 casos.
“Olha a quantidade de casos com a única finalidade de pedir atestado. Isso acaba prejudicando as pessoas que realmente precisam de atendimento de saúde durante esses dias da semana”, afirmou.
Tumulto na saúde
O prefeito ponderou que as unidades de saúde precisam melhorar os atendimentos para ser mais eficientes. Mas apontou que o comportamento de buscas por atestado “tumultua” os processos.
“Eu não estou dizendo que na UPA não tem pessoas que não precisam. Tem sim. Muita gente! As UPAs precisam melhorar o seu funcionamento, seu atendimento”, disse.
“Só que quando você tem uma proporção de quatro para um de pessoas que vão buscar atestado e pessoas que vão buscar atendimento, aí você tem todo um tumulto no processo de atendimento a saúde”, completou.
Ele ainda pediu para que a população se conscientize sobre a prática. “Esse comportamento a gente não pode continuar tendo nas nossas unidades de saúde, porque está prejudicando aquelas pessoas que realmente precisam de um atendimento com finalidade que não correspondem à boa conduta do trabalhador”, disse.
Veja vídeo:
