Início GERAL Jornalista diz ter sido ameaçado e alega que munição era de PM

Jornalista diz ter sido ameaçado e alega que munição era de PM



O jornalista Cláudio Roberto Natal Júnior declarou, em depoimento à Polícia Civil, que contratou quatro militares para sua proteção diária devido a ameaças de morte. A informação foi dada em depoimento antes de sua soltura, após pagamento de fiança de R$ 7,5 mil na segunda-feira (26).

E um deles acabou sendo preso e essas munições ficaram lá. Eu não tenho arma e nem munição

 
Ele havia sido preso horas antes, depois que a Polícia Civil encontrou munições de diferentes calibres em sua residência, durante as investigações sobre o assassinato do advogado e ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery, em julho de 2024.  
 
Em depoimento ao delegado Bruno Abreu, da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), Natal afirmou que as munições pertenciam a um policial identificado como Emerson, que estaria preso e teria deixado os itens em sua casa.
 
O jornalista relatou que as ameaças surgiram em meio a uma disputa judicial envolvendo um empresário de Nova Ubiratã (427 km de Cuiabá).  

 
“Eu fui ameaçado de morte por um determinado tempo atrás. E eu pedi com as pessoas que eu conhecia, que eram militares, para andar comigo, para cuidar de mim. E um deles acabou sendo preso e essas munições ficaram lá. Eu não tenho arma e nem munição”, explicou.  
 
“Ele está preso. O Emerson, militar, como ele foi fazer minha proteção, ele pediu dinheiro: ‘preciso comprar munição’. Eu não comprei, eu dei dinheiro, pois não consigo comprar, não tenho documento”.  
 
Segundo o relato, os quatro policiais se revezavam em sua proteção durante 24 horas. Ele também afirmou não possuir armas, porte ou registro. “Achei que eles [inimigos] iam me matar. Eu falei para eles [policiais]: ‘Olha, vamos nos proteger, anda armado, com munição, porque eu acho que eles vão me matar de verdade’. Então, eles se municiaram. Foi isso que aconteceu”, disse.  
 
O jornalista não era alvo de mandado de prisão, apenas de busca e apreensão no âmbito da investigação sobre a morte de Nery. Como ele tinha munição  ilegal em casa, acabou preso em flagrante.
 
Caso Renato Nery  
 
Renato Nery foi morto a tiros em frente ao seu escritório, em Cuiabá, no dia 5 de julho de 2024. Aos 72 anos, ele foi socorrido e submetido a uma cirurgia, mas não resistiu. Desde então, a DHPP conduz investigações para esclarecer o crime.
 
Veja o vídeo: 
 

 



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