Moody’s reduz perspectiva da nota do Brasil por agravamento fiscal



A agأھncia de classificaأ§أ£o de risco Moody’s rebaixou a perspectiva da nota do governo do Brasil de positiva para estأ،vel, ao mesmo tempo em que reafirmou a nota do paأ­s de emissor de longo prazo em moeda local e estrangeira. A Moody’s havia elevado a nota de crأ©dito do paأ­s em outubro de 2024, deixando o paأ­s a um passo do grau de investimento, perdido em 2016. Puxado pelo agro: PIB do Brasil cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025Apأ³s rebaixamento: Fazenda reafirma compromisso com ajuste fiscal e reformas Segundo a agأھncia, “a mudanأ§a da perspectiva reflete uma reduأ§أ£o dos riscos positivos de crأ©dito, diante de um agravamento acentuado da capacidade de pagamento da dأ­vida e de um progresso mais lento do que o esperado na reduأ§أ£o da rigidez dos gastos e na construأ§أ£o de credibilidade da polأ­tica fiscal”. Os analistas da agأھncia afirmaram que, apesar da reduأ§أ£o da perspectiva, a manutenأ§أ£o do rating no grau “Ba1” — o 11آ؛ nأ­vel, numa escala que possui 21 graus — “reflete o tamanho e a diversificaأ§أ£o da economia brasileira, bem como a baixa vulnerabilidade a choques externos”. Segundo a agأھncia, o atual ciclo de aperto monetأ،rio diante do aumento das expectativas inflacionأ،rias leva a um aumento substancial dos pagamentos da dأ­vida, “resultando em dأ©ficits fiscais maiores e maior acأ؛mulo de dأ­vida em 2025-2026 do que o previsto anteriormente”. O documento, divulgado no fim da tarde desta sexta-feira, mostra que a perspectiva da agأھncia para a relaأ§أ£o entre dأ­vida pأ؛blica e o PIB do paأ­s “se estabilize em torno de 88%” nos prأ³ximos cinco anos, ante projeأ§أ£o de 82% hأ، sete meses atrأ،s. A Moody’s pontua que a “rigidez do gasto e o aumento das despesas com juros” reduzem a capacidade de cortes adicionais no resultado primأ،rio e que, apesar da adoأ§أ£o de medidas de aumento de receitas e limite de alta do salأ،rio mأ­nimo dentro do arcabouأ§o fiscal, “reformas mais profundas” sأ£o “essenciais”. O documento pontua que medidas como a reduأ§أ£o da vinculaأ§أ£o de receitas e da indexaأ§أ£o de benefأ­cios ao salأ،rio mأ­nimo podem “ampliar a flexibilidade fiscal e a capacidade do governo de responder a choques”. A agأھncia afirmou ainda que a robustez recente da economia veio das “reformas estruturais implementadas por sucessivos governos e أ  crescente credibilidade da agenda econأ´mica e fiscal”, considerando ainda que os “esforأ§os de consolidaأ§أ£o fiscal, embora graduais, devem contribuir para a estabilizaأ§أ£o do endividamento no mأ©dio prazo”. Apesar da ligeira melhora do cenأ،rio nos أ؛ltimos anos, a Moody’s afirma que “o progresso limitado em reformas estruturais mais profundas, especialmente para lidar com a rigidez do gasto, e a alta sensibilidade das contas pأ؛blicas أ s taxas de juros limitam o espaأ§o para uma elevaأ§أ£o do rating no curto prazo”. Ratings — Foto: Criaأ§أ£o O Globo Hأ، exatamente um ano, em maio de 2024, a agأھncia havia elevado a perspectiva de estأ،vel para positiva, citando justamente o progresso do que chamou de consolidaأ§أ£o fiscal, que poderia estabilizar a dأ­vida no paأ­s.



FONTE