A Polícia Civil indiciou, nesta segunda-feira (23), mais dois policiais militares pelo assassinato do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, ocorrido em 5 de julho de 2024, em Cuiabá.
Segundo apurou a reportagem, trata-se de Ícaro Nathan Santos Ferreira e Jackson Pereira Barbosa.
Os militares eram investigados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa em inquérito complementar, que foi concluído nesta segunda-feira.
Segundo as investigações da DHPP, os dois agiram como intermediadores do homicídio. Um dos militares também está envolvido no empréstimo da arma usada no crime.
As qualificadoras pelo crime de homicídio são promessa de recompensa (e com recebimento), emprego de meio que possa resultar perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa vítima.
Outros indiciados
No início de maio, a DHPP também indiciou um caseiro, Alex Roberto de Queiroz Silva, e outro policial militar, Heron Teixeira Pena Vieira, como envolvidos diretamente na execução do homicídio do advogado. Os dois, que estão presos de forma preventiva, foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado pela promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
De acordo com as apurações, o policial militar foi o intermediário contratado pelo casal para fazer o “serviço”. Ele conseguiu a arma de fogo usada no homicídio e foi quem repassou a arma para o caseiro da chácara, que pilotou a motocicleta Honda Fan até o local do crime e efetuou os disparos que atingiram o advogado.
As investigações da DHPP identificaram o casal César Jorge Sechi e Julinere Goulart, moradores do município de Primavera do Leste, como supostos mandantes do crime.
A motivação do crime foi uma disputa de terra. Ambos tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça também no início de maio e permanecem presos. Eles ainda continuam a ser investigados pela DHPP.
O homicídio
Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo, no dia 5 de julho de 2024, na frente de seu escritório, na capital. A vítima foi socorrida e submetida a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas depois do procedimento médico.
Desde a ocorrência, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do advogado.
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