Por Cleiton Túlio | Portal Mato Grosso
O empresário Idirley Alves Pacheco, apontado como o principal suspeito no assassinato do ex-jogador de vôlei Everton Fagundes Pereira, conhecido como “Boi”, deixou a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá em completo silêncio na tarde desta segunda-feira (14.07), após prestar depoimento. Pacheco foi encaminhado diretamente ao Fórum da capital para sua audiência de custódia.
A apresentação de Idirley à polícia ocorreu voluntariamente nesta segunda-feira, após um mandado de prisão ser decretado pela Justiça de Mato Grosso no último domingo (13), a pedido da própria DHPP. Segundo o delegado Caio Fernando Álvares Albuquerque, durante a custódia, Idirley indicou a localização de onde estaria a arma utilizada no crime. No entanto, buscas realizadas no endereço fornecido não resultaram na localização do armamento.
Em conversas informais com os policiais no momento de sua prisão, o empresário teria negado que o homicídio tivesse motivações passionais. Em vez disso, Idirley teria alegado que o ato foi uma consequência de uma suposta extorsão que estaria sendo praticada pela vítima. A Polícia Civil informou que o caso continua sob investigação para apurar todos os detalhes e a veracidade das novas alegações.
O Crime e a Captura
O corpo de Everton Fagundes Pereira foi encontrado na noite da última quinta-feira (10) dentro de uma caminhonete Volkswagen Amarok, na Avenida Monte Líbano, no Residencial Paiaguás, em Cuiabá. As primeiras investigações apontam que o ex-atleta foi alvejado por tiros, sem chances de resistência.
Após o ocorrido, a ex-esposa de Idirley Alves Pacheco procurou a delegacia, relatando que Everton teria sido “sequestrado” pelo empresário momentos antes do assassinato. Em seu depoimento, a mulher afirmou que o ex-marido havia solicitado a ajuda de Everton para esconder a caminhonete Amarok, que estaria com débitos de financiamento em atraso. A vítima teria concordado em conduzir o veículo, com Idirley como carona.