Crédito, ReutersArticle InformationAuthor, Hugo Bachega, Andrew Humphrey e Rorey BosottiRole, BBC NewsHá 20 minutosEm declarações antes de uma reunião do gabinete de segurança israelense, Netanyahu foi questionado pelo veículo se Israel faria isso.Em resposta, Netanyahu afirmou: “Pretendemos, para garantir nossa segurança, remover o Hamas de lá, permitir que a população se livre de Gaza e passá-la para um governo civil — que não seja o Hamas e nem alguém que defenda a destruição de Israel”.”Queremos nos libertar e libertar o povo de Gaza do terrível terror do Hamas”, acrescentou.Mas Netanyahu também diz que Israel “não quer manter” o controle sobre o território.”Queremos ter um perímetro de segurança. Não queremos governá-lo. Não queremos estar lá como um órgão governante”, afirmou.A mídia israelense vem noticiando há vários dias que o primeiro-ministro busca apoio para um plano para expandir a operação militar em Gaza e reocupar todo o território.Isso gerou temores de que uma nova escalada militar coloque em risco os palestinos que vivem em Gaza e foram empurrados para áreas cada vez menores desde o início da guerra, há quase dois anos.Enquanto isso, as famílias dos reféns mantidos pelo Hamas em Gaza e líderes militares israelenses temem que o aumento das operações militares coloque em risco cerca de 20 reféns israelenses vivos.Esta manhã, o jornal Ma’ariv relatou que a “avaliação predominante é que a maioria e possivelmente todos os reféns vivos [irão] morrer” durante qualquer ofensiva expandida, mortos pelos seus captores ou acidentalmente por soldados israelitas.Isso ocorre após o fracasso de negociações indiretas entre Israel e o Hamas sobre um cessar-fogo e um acordo para a tomada de reféns, e após grupos armados palestinos divulgarem vídeos de dois reféns israelenses parecendo fracos e emaciados.Há relatos de que líderes militares se opõem à reocupação. As divergências entre as lideranças militar e política de Israel ganharam as manchetes nos últimos dias, com o chefe do Estado-Maior do Exército, Tenente-General Eyal Zamir, se opondo publicamente aos planos de Netanyahu.Zamir teria dito a Netanyahu, em uma reunião tensa no início desta semana, que isso era “equivalente a cair em uma armadilha”. Ainda assim, a expectativa no momento é de que a proposta seja aprovada pelo gabinete de segurança.Israel, que controla cerca de 75% do território, não operou na Cidade de Gaza e nos campos no centro da Faixa, onde vivem cerca de um milhão de palestinos.Também há oposição ao plano da ocupação total de Gaza entre os críticos do premiê.O líder da oposição israelense, Yair Lapid, afirmou que a proposta de Netanyahu é uma proposta para “outra guerra” e “mais reféns mortos”.Ele acrescenta em uma publicação no X que isso custará “dezenas de bilhões de shekels dos contribuintes”.
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