Início GERAL Mendes: “Eu não vi golpe; pensar em fazer algo nunca foi crime”

Mendes: “Eu não vi golpe; pensar em fazer algo nunca foi crime”



O governador Mauro Mendes (União) disse lamentar, nesta sexta-feira (12), a condenação do ex-presidente da República Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de estado. Para o governador “não houve golpe” e o julgamento endossa a polarização política no País.
 

Pensar em fazer algo nunca foi crime nesse país. Talvez pensaram, imaginaram, mas não fizeram

“Um momento triste da história do país. Continua a polarização. Uma briga ideológica. Eu não conheço os detalhes do processo e não vou desrespeitar o Supremo Tribunal Federal. Mas eu, como brasileiro, eu não vi golpe”, disse.
 
“Eu não vi tiro e tanque na rua. Pensar em fazer algo nunca foi crime nesse país. Talvez pensaram, imaginaram, mas não fizeram”, emendou.
 
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra patrimônio da União  e deterioração de patrimônio tombado. Foi a primeira vez na história do País que um ex-presidente foi punido por golpe de Estado. 

 
Para Mendes, a Primeira Turma do STF fez um “julgamento político” e voltou a defender a anistia. “Eu vi alguns juristas e analistas [comentando] e alguns equívocos foram cometidos e é mais um capítulo que continua dividindo o Brasil”. 
 
“O Brasil discute essas polêmicas enquanto isso a dívida pública cresce e os juros estão sufocando a economia. […] Eu lamento profundamente esse capítulo da nossa história e mais uma vez eu reforço a minha convicção pela anistia”.
 
“Porque já foi feita a anistia várias vezes nesse país, pessoas que torturaram, que cometeram grandes crimes, não vi e nenhum brasileiro viu o presidente Bolsonaro cometer esse tipo de crime”, completou.
 
Anistia em pauta
 
Um projeto de lei sobre a anistia aos condenados por 8 de janeiro, que pode se estender a Bolsonaro, pode ser apresentado no Congresso Nacional. 
 
Para Mendes, o texto e sua possível aprovação poderiam encerrar a discussão sobre erros do passado e “pacificar” politicamente o país. 
 
“Eu não conheço detalhe do projeto, mas acho que tem que ser feita uma anistia, sim. As pessoas de 8 de janeiro fizeram algo errado? Sim. Mas já vi muitas vezes o MST invadir o Congresso Nacional, depredar prédios públicos no Brasil inteiro e não vi ninguém preso”, disse.
 
“É isso que precisa mudar. Por isso que defendo a anistia. A anistia que defenda o Brasil, que pacifique e traga o Brasil pro rumo, e deixe de valorizar essas polarizações que não estão contribuindo para colocar comida na mesa, e menos ainda pra resolver grandes e graves problemas do país”, emendou.
 
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