O governador Mauro Mendes (União) classificou como “um tapa na cara dos brasileiros” o assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e secretário de Administração de Praia Grande, no litoral paulista.
Fontes foi executado a tiros na segunda-feira (15), enquanto dirigia um carro na cidade. Segundo a Polícia Militar, homens desceram de outro veículo e atiraram contra o automóvel da vítima.
Ruy Ferraz atuou há mais de 20 anos na prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e no combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado.
“A Segurança Pública a cada dia piora no País. Olha o que aconteceu ontem em São Paulo, um crime horrível. Alguém que trabalha há 40 anos doando sua vida à segurança pública ser assassinado daquele jeito. Isso é uma vergonha, é um tapa na cara da maioria dos brasileiros de bem”, disse Mendes.
A declaração foi dada na tarde desta terça-feira (16), durante solenidade de inauguração do novo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Na ocasião, Mendes fazia uma crítica ao cenário de polarização no País que, em sua visão, tem trazido prejuízos à população e dificultado avanços concretos.
“Fico muito chateado e triste que o Brasil perde muito tempo com essas confusões. Essa briga de direita e esquerda, condena daqui, condena acolá, só traz mal ao nosso País. Não resolve problema do juro alto, não resolve problema da falta de investimento, não resolve o problema da Segurança”, argumentou.
O governador ainda reforçou a gravidade do assassinato de Ruy Ferraz Fontes e alertou que crimes como esse podem atingir qualquer cidadão.
“Aquele crime pode acontecer com qualquer um e isso não se discute. Só se discute essa ‘guerrinha’, essa briga, o que é muito ruim. Lamentável esse cenário”, disse.
Crime em SP
Ruy Ferraz tinha 64 anos e atuou há mais de 20 anos na prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e no combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado.
Segundo o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, os carros usados pelos criminosos foram localizados.
A Polícia Civil identificou dois suspeitos de envolvimento no assassinato por meio de impressões digitais encontradas em um dos veículos abandonados.
A Justiça já recebeu o pedido de prisão temporária dos investigados, mas ninguém havia sido preso até a última atualização desta reportagem.
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