Início GERAL Mato Grosso enfrenta 12 incêndios florestais ativos; bombeiros agem em múltiplas frentes

Mato Grosso enfrenta 12 incêndios florestais ativos; bombeiros agem em múltiplas frentes



Um extenso e aprofundado trabalho de pesquisa sobre a rica biodiversidade do Parque Estadual do Xingu foi oficializado na sexta-feira (19.09) com o lançamento do livro “Parque Estadual do Xingu: biodiversidade, recursos naturais, importância ecológica e socioambiental”. A obra é resultado de uma parceria estratégica entre o Governo Estadual, através da Secretaria de Meio Ambiente (Sema-MT), e diversas instituições acadêmicas e de pesquisa.
A publicação, que condensa cinco anos de investigação envolvendo 37 instituições e 162 pesquisadores, é um marco para o conhecimento científico e a gestão ambiental do estado. “Esta obra é fruto de parcerias estratégicas entre Sema, Universidade Federal de Mato Grosso, instituições e pessoas envolvidas com a questão ambiental, servidores, professores, pesquisadores e alunos universitários. Fazer gestão de uma unidade de conservação é um desafio. É muito importante fazer pesquisas e aprimorar conhecimento de potenciais biológicos, humanos e sociais que ajudam a construir políticas públicas”, destacou Alex Marega, secretário de Estado de Meio Ambiente em exercício, durante o lançamento.
Conhecimento para a Conservação
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi uma das pilares dessa colaboração. O pró-reitor de pesquisa da UFMT, Bruno Araujo, ressaltou a grandiosidade do projeto. “Eu gosto muito de participar de eventos como esse, de lançamento do livro deste Parque tão importante que é o do Xingu, porque é a ponta final de um processo que envolve muitos anos de pesquisa. É um trabalho que exige tempo, investimento e muita dedicação, inclusive para viabilizar políticas públicas de conservação dos nossos biomas”, afirmou.
Leandro Battirola, diretor do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPA), enfatizou a importância da união de esforços: “Se nós, enquanto pesquisadores e professores, quiséssemos elaborar uma obra dessa sem o apoio da Sema, seria inviável, da mesma forma que eu vejo que a Sema, sem o apoio de quem está próximo da Unidade, também seria impossível. A integração dos nossos esforços é fundamental para a conservação da nossa biodiversidade”.
O professor Domingos de Jesus Rodrigues, da UFMT, que apresentou os resultados da pesquisa sobre fauna e flora do Parque, reforçou o compromisso com a sociedade mato-grossense e agradeceu o suporte do Governo do Estado, via Sema, para viabilizar estudos em uma área tão remota e de difícil acesso.
Ana Paula Santana, coordenadora de Unidades de Conservação da Sema, celebrou o impacto do trabalho. “É uma alegria estar aqui participando do lançamento deste livro, um trabalho desenvolvido a muitas mãos e com aporte financeiro do programa ARPA, além do próprio Estado. As pesquisas no parque vão trazer conhecimento da biodiversidade local e a capacitação de muitos alunos que participaram da pesquisa, além de informações que subsidiarão políticas públicas”, pontuou.
Descobertas e Riquezas do Xingu
A obra não apenas compila o conhecimento existente, mas também revela novidades. Foram registradas pela primeira vez em Mato Grosso espécies de samambaias e orquídeas, sendo que esta última apresentou registros inéditos até mesmo para a região Centro-Oeste.
Na fauna, destacam-se espécies de formigas nunca antes catalogadas no estado. A riqueza em borboletas é impressionante, com 1.517 indivíduos pertencentes a 151 espécies registrados entre 2021 e 2023. O parque também abriga uma vasta diversidade de mamíferos de médio e grande porte, além de inúmeras espécies de peixes.
O livro foi viabilizado por um Termo de Cooperação Técnica com a UFMT, buscando aprimorar conhecimentos e subsidiar a confecção e atualização do Plano de Manejo do Parque, com apoio do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).
O Parque Estadual do Xingu, criado em 2001 e com limites alterados em 2003, abrange 95.024,84 hectares no município de Santa Cruz do Xingu, no nordeste de Mato Grosso. A Unidade de Conservação é um tesouro ecológico e sua proteção é fundamental para a Amazônia e o Brasil.



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