O advogado e assessor jurídico do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Rodrigo de Figueiredo, foi preso de novo na manhã desta quarta-feira (26), após ser alvo da Operação Vertigem. Ele é investigado por envolvimento em um grupo criminoso que atua no tráfico de drogas sintéticas em Cuiabá.
Rodrigo já havia sido preso em março de 2024 durante a Operação Doce Amargo 3.
De acordo com a Polícia Civil, entre as drogas comercializadas pelo grupo estão ecstasy, MDMA e LSD, conhecidos popularmente como “bala”, “roda” e “doce”, além de outras substâncias como “loló”, lança-perfume ou clorofórmio.
As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), iniciaram no ano de 2023, após cumprimento de ordens judiciais da Operação Doce Amargo. À época, durante as buscas na casa do assessor, foram apreendidos eletrônicos e documentos relacionados à atividade criminosa.
A Polícia identificou uma rede de fornecedores de drogas relacionadas ao servidor. Entre os fornecedores, está o principal alvo da operação, traficante de Cuiabá, que atualmente se encontra no Paraguai e enviava as drogas do país vizinho para Cuiabá.
As investigações apontaram ainda que o servidor público atuava como principal membro de grupos de rateio para aquisição de entorpecentes entre grupos de pessoas de alto poder aquisitivo, inclusive obtendo lucro com sua atuação.
Na operação, são cumpridos nove mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão domiciliar, deferidos pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias – polo de Cuiabá. As ordens judiciais são cumpridas nas cidades de Cuiabá e no Rio de Janeiro (RJ).
As ordens judiciais buscam desarticular a atuação do grupo criminoso, assim como a identificação de outros possíveis envolvidos.
Renorcrim
A Operação faz parte das ações da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim). A rede reúne delegados titulares das unidades especializadas e promotores públicos dos 26 estados e Distrito Federal e é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Diretoria de Inteligência e Operações Integradas (DIOPI) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), para traçar estratégias de inteligência de combate de forma duradoura à criminalidade.





