O prefeito Abilio Brunini (PL) evitou criticar o comportamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos denunciando supostos abusos por parte do governo brasileiro ao presidente Donald Trump.
O Eduardo não pode contestar as arbitrariedades do país fora porque ele está sendo um ‘traidor da pátria’, mas se for alguém do PT pode
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sido criticado pela esquerda e até por nomes da direita por estar atuando contra o país nos EUA. Muitos atribuem a ele a culpa pela tarifa de 50% imposta por Trump a produtos brasileiros e o acusam de boicote às tentativas de diálogo entre os países.
De acordo com o prefeito, Eduardo está fazendo algo que políticos de esquerda também já fizeram durante o governo Bolsonaro e que o deputado está “buscando o que acredita”.
“Ele está buscando, dentro das suas limitações legais, uma representação daquilo que ele acredita e dos seus valores. Eu acredito que qualquer um deputado tem o poder para fazer isso. O Eduardo não pode contestar as arbitrariedades do país fora porque ele está sendo um ‘traidor da pátria’, mas se for alguém do PT pode”, disse o prefeito à imprensa nesta terça-feira (29) na Praça Alencastro.
“Na época que o Bolsonaro era presidente, Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleise Hoffman (PT-PR) e tantos outros, inclusive Jean Willis, chegaram a ir para fora do país denunciar Bolsonaro na ONU, em Haia, em Cuba, na Venezuela, tudo quanto é lugar que não servia para nada. Eles fizeram a mesma coisa; então que diferença tem?”, questionou.
O prefeito voltou a responsabilizar o presidente Lula (PT), a quem acusou de se aproveitar da situação para fins políticos. Segundo Abilio, isso tem fortalecido o discurso do petista, que elegeu os Estados Unidos como um “inimigo”.
“Quem está dificultando a negociação é o Lula, que fica fazendo essa situação toda, achando que para ele é bom. Isso tá fortalecendo o discurso, a narrativa política dele”.
“Lula quer essa polarização com o governo americano porque ele acha que uma parcela da sociedade brasileira não gosta dos Estados Unidos e aí quer fomentar essa guerra política. A mesma coisa que o Maduro, com baixa popularidade, fez na Venezuela”, encerrou.
Logo após o anúncio do ‘tarifaço’, Abilio já havia responsabilizado uma série de ações do governo brasileiro, como decisões políticas, excesso de taxação e insegurança jurídica como culpados pela decisão de Trump.
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