O prefeito Abilio Brunini (PL) afirmou que a esquerda de Cuiabá “passou vergonha” na manifestação contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem e contra o projeto de lei da anistia. As pautas estão sendo apreciadas pelo Congresso Nacional.
Neste domingo (21), dezenas de cuiabanos aderiram à organização nacional e se reuniram no Bairro CPA 2 contra as propostas. Ao contrário de outras capitais brasileiras, o ato em Cuiabá teve pouca adesão.
Mato Grosso não cai nessa conversa da esquerda
Para Abilio, a esquerda não tem apoio da população cuiabana.
“Em Cuiabá, [a manifestação] não vingou. Mato Grosso não cai nessa conversa da esquerda. Alguns outros Estados vocacionados ao movimento da esquerda podem ter tido uma movimentação maior, mas em Mato Grosso a esquerda não se cria”, disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira (22).
“O ator Wagner Moura disse em Salvador, que lá a direita não se cria. A gente pode responder ao Wagner e a esquerda: aqui em Mato Grosso a esquerda não se cria”, completou.
Outras capitais
Questionado se a alta adesão em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador não dá força a esquerda brasileira, Abilio afirmou que são cidades onde o apoio ao espectro político já é histórico.
“Só se for a lugares em que ela já é forte, em Mato Grosso, só passou vergonha”, disse.
“Em São Paulo sempre teve uma parte da população que é de esquerda. A Marta Suplicy e Fernando Haddad [filiados ao PT] foram prefeitos de São Paulo”, completou.
O prefeito, que disputou o segundo turno com o petista Lúdio Cabral, afirmou que a Capital não terá um gestor à esquerda.
“Em Cuiabá nunca teve um prefeito do PT e nem vai ter. É como se a gente vivesse em outro país. Aqui é outro estado, outra região e cultura. Aqui o povo gosta de trabalhar e a esquerda não se cria”, afirmou.
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