O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) afirmou, nesta segunda-feira (24), que a Polícia Militar identificou a presença de indivíduos ligados a facções criminosas em dois eventos que foram barrados no último fim de semana pela Prefeitura de Cuiabá.
Um dos eventos era uma partida de futebol beneficente que seria realizada no miniestádio do Bairro Jardim Novo Horizonte, em Cuiabá, no domingo (22).
A Polícia Militar foi até o local para notificar sobre essa situação e, ao chegar no local, identificou faccionados. Um deles envolvido com oito passagens
Segundo o prefeito, além da presença de um criminoso – com extensa ficha criminal –, o evento não possuía licença junto à Secretaria Municipal de Ordem Pública.
“A Polícia Militar foi até o local para notificar sobre essa situação e, ao chegar no local, identificou faccionados. Um deles envolvido com oito passagens pela Polícia com diversos problemas de agressões”, disse Abilio.
“[…] Foram sete viaturas da Polícia para poder fazer encerramento daquela atividade”, completou.
O fechamento do evento recebeu críticas de influencers locais que promoviam a ação, criticando a fiscalização e responsabilizando Abilio pela suspensão do evento, que arrecadaria alimentos para cerca de 80 famílias.
“Eu sei que isso é controverso, muita gente fala: ‘Mas eles estavam doando cesta básica, estavam fazendo uma ação social positiva e coisa e tal’. É importante lembrar que o Pablo Escobar também fazia suas ações positivas nesse sentido”, disse citando o traficante colombiano.
Ações sociais podem usar pessoas boas para promover o tráfico, para promover o crime organizado
“[…] A gente não pode se enganar. Ações sociais podem usar pessoas boas para promover o tráfico, para promover o crime organizado, para promover facções criminosas. Não estou dizendo que é o caso daquela situação”, emendou.
Baile funk
Um baile funk também foi fechado pela Prefeitura de Cuiabá na noite de sábado (21) por conta do som alto e da falta de licença. Segundo Abilio, a Polícia encontrou menores consumindo bebidas alcoólicas no local e também suspeitos de integrantes de facções.
“Não é preconceito com funk. Existe a Lei da Poluição Sonora, que determina limites de ruído. Eventos sem licença não podem ultrapassar esses limites após a meia-noite. Quando a equipe chegou, encontrou menores com bebida alcoólica e sinais de participação de faccionados “, disse.
Licenciamento
O prefeito de Cuiabá afirmou que o licenciamento para os eventos ocorre de maneira de gratuita e permite que os locais tenham maior flexibilidade quanto à questão do volume do som.
Ocorre que, para ele, por temer se responsabilizar sobre possíveis irregularidades, os organizadores deixam de habilitá-los junto a Prefeitura de Cuiabá.
“O que ocorre é que muitos desses eventos que fazem ações de forma irregular, eles não fazem licenciamento para não atribuir a um CPF ou CNPJ a irresponsabilidade cometidas no local”, disse.
“Não se engane! Até as facções criminosas e o tráfico de drogas fazem uso de ações sociais para poder agregar ou arrecadar ou aproximar pessoas que precisam de algum tipo de acolhimento ou de algum tipo de apoio para acabar participando dessas ações de faccionados”, completou.
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