O prefeito de Mirassol D’Oeste, Hector Bezerra (União), revelou um incidente no qual as contas do Município foram alvo de uma invasão hacker, culminando no desvio de R$ 1,3 milhão. O ataque cibernético aconteceu no dia 21 de março e está atualmente sob investigação da Delegacia de Crimes Cibernéticos de Cuiabá.
Segundo o boletim de ocorrência número 2025.88297, o tesoureiro do Município se deparou com dificuldades ao tentar efetuar pagamentos a fornecedores. Ao entrar em contato com o Banco do Brasil, descobriu que houve tentativas de pagamento de três boletos não reconhecidos, os quais foram prontamente contestados pelo banco.
Prosseguindo com as verificações, o servidor constatou movimentações suspeitas em outras contas bancárias, especificamente na Caixa Econômica Federal, onde foram realizados dois pagamentos de R$ 650 mil cada, totalizando o prejuízo de R$ 1,3 milhão. Informações indicam que os valores foram transferidos para empresas em São Paulo e Rio de Janeiro.
Na semana passada, o prefeito, em entrevista a um portal local, revelou que computadores utilizados pela Secretaria Municipal de Fazenda foram apreendidos pela Polícia Civil para auxiliar nas investigações. “Nossa equipe estava bastante triste e apavorada, porque tinha entrado um hacker que levou R$ 1,3 milhão. Mais que depressa pegamos os computadores e levamos à Polícia Civil, entregamos para os investigadores e o delegado”, declarou Hector Bezerra.
O prefeito ainda destacou que o caso foi encaminhado para especialistas em crimes cibernéticos: “A equipe da Polícia Civil encaminhou esses computadores para um investigador de causas cibernéticas. Isso foge da nossa alçada, agora a gente vai aguardar a Justiça averiguar todos os fatos para que o Município seja ressarcido. Nós queremos nosso dinheiro de volta.”
Apesar do montante desviado, Bezerra tranquilizou a população assegurando que o incidente não afetará o andamento das despesas programadas, como o pagamento da folha salarial dos funcionários públicos e dos fornecedores. “Está em Cuiabá os aparelhos para ser investigado o que aconteceu. Para onde foi esse recurso, quem recebeu, quem fez essas transações sem o consentimento da Prefeitura”, concluiu.