Início GERAL Acusado de estupro e assassinato admite “sexo” em nova oitiva

Acusado de estupro e assassinato admite “sexo” em nova oitiva



Em nova oitiva na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), na segunda-feira (8), Reyvan da Silva Carvalho, preso no último dia 29, em Cuiabá, pelo estupro e feminicídio de Solange Aparecida Sobrinho, em julho, alegou sexo consensual com a vítima e continuou negando tê-la matado.
 

Disse que foi pelo horário da manhã, o que não condiz com a hora da morte. Nem de manhã lá ela estava

Reyvan, de 30 anos, tem extenso histórico criminal por estupro e feminicídio, registrados desde 2020. Todos os crimes ocorreram na Capital e teve como vítima mulheres vulneráveis, entre elas uma grávida de 6 meses.
 
Segundo o delegado Bruno Abreu, da DHPP, o investigado disse que o ato sexual teria ocorrido no período da manhã do dia do crime, em um banheiro próximo à piscina da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso). Reyvan ainda afirmou que não houve penetração anal, informação contestada através de perícia na vítima. 
 
“Disse que foi pelo horário da manhã, o que não condiz com a hora da morte. Nem de manhã lá ela estava. Mentiu sobre a roupa [que usava no dia], mas quando mostrou a foto dele, ele confirma [que era ele nas imagens]”, disse o delegado.

 
Durante a investigação, a DHPP coletou diversas imagens de câmeras de segurança, a fim de refazer o trajeto que levou Solange ao local onde foi morta. É por meio desses registros que a Polícia confirmou que ela só saiu de casa, em Várzea Grande, por volta das 13h do dia 23 de julho.
 
Pouco depois, ela foi vista andando no campus da UFMT. Às 16h, passou ao lado da cafeteria da Faculdade de Engenharia e seguiu para a antiga associação Master, uma construção abandonada, onde seu corpo foi encontrado na manhã do dia seguinte.
 
As câmeras de segurança da universidade também flagraram Reyvan perambulando pelo campus no dia 23. A primeira imagem capturada dele é de 9h42, enquanto a outra, de 14h30, mostra o investigado andando no mesmo trajeto que a vítima faria horas depois, sentido ao local abandonado. 
 
De camiseta preta e vermelha, jeans e chinelo branco, e carregando uma mochila vermelha e preta, ele aparece caminhando e parando ao lado da cafeteria da Faculdade de Engenharia. A Polícia, agora, procura desvendar o que aconteceu nas horas seguintes e qual a dinâmica levou à morte de Solange.
 
O crime e o DNA
 
O corpo de Solange foi localizado por funcionários da UFMT por volta das 7h do dia 24, na antiga associação Master, que atualmente está sem uso e fica ao lado da Casa do Estudante Universitário (CEU). A bolsa que ela carregava não foi encontrada no local do crime. 
 
De acordo com o laudo pericial oficial, Solange foi estuprada e morta por asfixia devido à esganadura. Em seu pescoço, havia marcas de esquimose. No exame pericial, ainda foi constatada a presença de sêmen nas cavidades vaginal e anal da vítima.
 
Após a extração do DNA dessa amostra, a perícia conseguiu detectado o perfil genético de Rayvan Carvalho, na última semana. Segundo a Polícia, o DNA dele ainda foi compatível amostras encontradas em outras três vítimas de estupros. Um deles sendo de uma mulher grávida de seis meses, e outro de uma vítima que foi morta após o abuso sexual. 
   
Ainda conforme a família, apesar de não ser aluna ou servidora, ela sempre frequentava a UFMT, assim como a Univag (Centro Universitário de Várzea Grande), mas não há informações sobre o motivo pelo qual ela ia aos câmpus. 
 
No dia da prisão do criminoso, que ocorreu nas dependências da universidade, o delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, disse que Reyvan fazia do campus um “reduto do crime”,  e ainda afirmou que não há dúvidas da autoria delitiva do suspeito. “Prova de DNA é irrefutável e não se discute”, disse.
 



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