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Alan Porto inicia visita à Regional de Cáceres para averiguar demandas e fortalecer Educação



Por João Arruda | Cáceres
A década de 1970 foi um período de efervescência migratória na região Oeste de Mato Grosso, com levas de paulistas, capixabas e mineiros buscando novas oportunidades na terra fértil. Entre esses desbravadores, chegou a Cáceres (a 210 km de Cuiabá), o jovem Elbe de Castro Souza, que viria a se tornar uma figura marcante na história local.
Originário de Martinópolis, São Paulo, Elbe chegou à “Princesinha do Paraguai” acompanhado de sua esposa, Marlene Andrade Souza, e seus filhos: Isabela Augusta, Alessandra e o então pequeno Rodrigo Andrade Souza, carinhosamente conhecido como “Bigode”. A família se estabeleceu na região, e Elbe logo adquiriu terras nas proximidades do Rio Cabaçal, dedicando-se com afinco à criação de gado, abrindo invernadas e consolidando sua atuação no setor pecuário. Paralelamente, sua esposa, Marlene, contribuía com a educação da comunidade, lecionando na Escola Agrotécnica Federal de Cáceres.
Homem de fé inabalável, presbiteriano convicto e temente a Deus, Elbe de Castro Souza prosperou, educando seus filhos com carinho, retidão e valores sólidos. Sua trajetória é um testemunho de dedicação e trabalho árduo, deixando uma marca indelével na economia e na comunidade de Cáceres, especialmente no desenvolvimento da pecuária, onde sua desenvoltura e excelente desempenho eram amplamente reconhecidos.
Contudo, como tudo na vida, a jornada de Elbe chegou ao seu ciclo final. Aos 84 anos, Deus chamou Elbe para o firmamento. Em um trágico acidente em sua garagem, que resultou na fratura do fêmur, Elbe foi socorrido prontamente por seu filho Rodrigo e encaminhado ao Hospital Regional. Apesar de todos os esforços médicos, sua jornada terrena encerrou-se, deixando um imenso vácuo na irmandade presbiteriana e, sobretudo, um legado inestimável para Cáceres.
Elbe partiu, mas como diz a boa trova de cururu, “na árvore deixou o ingaço”. Fica a saudade eterna desse paulista que abraçou Cáceres como sua casa, fixando-se em definitivo e cumprindo sua missão com maestria. Sua memória perdurará como exemplo de um pioneiro que, com fé e trabalho, contribuiu significativamente para o progresso da região.



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