Início GERAL Alunas que agrediram colega têm grupo com regras de facção

Alunas que agrediram colega têm grupo com regras de facção



As estudantes que agrediram brutalmente uma adolescente na tarde de segunda-feira (04), na Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia (419 km de Cuiabá), criaram um grupo com regras e organização semelhantes às de uma facção criminosa.
 

Inclusive, uma das regras durante a agressão é que a vítima não pode chorar

A informação foi confirmada pelo delegado da Polícia Civil, Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pelo caso. Segundo ele, cerca de 20 meninas, com idades entre 12 e 14 anos, faziam parte do grupo.
 
Na organização, as jovens seguiam normas parecidas com as de facções criminosas, aplicando os chamados “salves”, composto por castigos físicos como forma de disciplina entre si.
 
“Apurado até o momento, consta que um grupo de aproximadamente 20 alunos dessa escola, talvez inspirados por essa grande bandidolatria que, infelizmente, está consumindo o nosso país, resolveu criar um grupo, definindo regras, líderes e disciplina, copiando mais ou menos o que ocorre dentro das facções criminosas”, relatou o delegado.

 
Ainda de acordo com ele, algumas famílias das meninas envolvidas têm ligação com organizações criminosas, o que pode ter influenciado a reprodução da violência no ambiente escolar.
 
O caso ganhou repercussão após a divulgação de um vídeo nas redes sociais, em que uma adolescente aparece ajoelhada enquanto é agredida com chutes, puxões de cabelo e golpes com um pedaço de madeira.
 
A menina agredida permanece imóvel durante as agressões, o que, segundo o delegado, pode estar relacionado a uma das regras do grupo, que proíbe qualquer tipo de reação.
 
“Ela foi agredida de forma covarde. Inclusive, uma das regras durante a agressão é que a vítima não pode chorar. Se chorar, a agressão se intensifica ainda mais”, afirmou.
 
Além da jovem que aparece nas imagens, a Polícia Civil apurou que outras quatro adolescentes também foram vítimas do grupo.
 
Os celulares das suspeitas foram apreendidos. Neles há vídeos que sugerem outras agressões semelhantes.
 
Por meio de nota, a Seduc (Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso) afirmou que esta apurando caso e prestando atendimento à vítima. 
  
Vídeo:
 

 
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