Após um breve aumento na semana anterior, a cesta básica em Cuiabá registrou uma significativa queda, alcançando a menor média do ano: R$ 784,74. A redução de 1,49% em relação à semana passada representa um alívio para os consumidores e diminui a diferença em comparação com o mesmo período de 2024, quando o conjunto de itens custava R$ 744,14 – uma variação de apenas 5,46%.
Wenceslau Júnior, presidente da Fecomércio-MT, destacou a importância dessa retração. “A cesta básica cuiabana alcançou o menor valor de 2025, o que representa um alívio para o consumidor. Além disso, a variação em relação ao mesmo período de 2024 está próxima da inflação acumulada”, afirmou.
No entanto, o presidente alertou para a divergência no comportamento de alguns produtos no comparativo anual. “O café teve aumento de 69,26%, enquanto a batata acumula retração de 53,67% em um ano. Fatores climáticos e comerciais impactam fortemente nas variações de preços”, explicou Wenceslau Júnior.
Tomate, Batata e Arroz puxam a queda
Entre os itens que mais contribuíram para a diminuição do valor da cesta básica, o tomate se destaca, com uma queda de 19,8%, atingindo uma média de R$ 5,48/kg. Essa redução está diretamente ligada à maior oferta no mercado, impulsionada pela retomada das colheitas após um período de onda de calor, que favoreceu a produção.
A batata também apresentou uma baixa expressiva de 5,71%, custando agora R$ 3,49/kg. Segundo análise do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), as condições climáticas favoráveis em importantes regiões produtoras ampliaram a oferta do tubérculo, derrubando seus preços.
O arroz, alimento básico na mesa dos brasileiros, recuou 1,93% na semana, sendo encontrado a R$ 5,75/kg. O aumento da área plantada resultou em uma produção que superou a demanda, impactando positivamente no valor do produto para o consumidor final.
Wenceslau Júnior reforçou a influência das condições climáticas e da dinâmica agrícola nos preços dos alimentos. “O recuo nos preços do tomate, da batata e do arroz mostra como esses alimentos – muito consumidos pelos cuiabanos – podem ter sua compra favorecida neste período. Tendências climáticas, oferta e variações de cotações nacionais e internacionais afetam diretamente os preços e o comportamento do consumidor”, concluiu o presidente da Fecomércio-MT.
