Início GERAL Demitidos de empresa alvo do Gaeco protestam na Câmara de VG

Demitidos de empresa alvo do Gaeco protestam na Câmara de VG



Cerca de 150 funcionários da empresa terceirizada Eletroconstro protestaram contra salários atrasados e demissões em massa, durante sessão na Câmara Municipal de Várzea Grande, na manhã desta terça-feira (23). 
 

Nós estamos à mercê. Sem emprego e agora sem rescisão

Os trabalhadores também denunciam que foram demitidos sem receber salários atrasados e verbas rescisórias da empresa. A Prefeitura da cidade tinha contrato com a Eletroconstro, que é responsável pela limpeza do município, com validade até novembro, mas rescindiu em agosto sem um novo edital de licitação para a área. 
 
Agora, a Prefeitura tem a intenção de realizar uma contratação emergencial em até 60 dias, seguida de licitação para a contratação definitiva da empresa.
 
De acordo com o vereador Rogerinho Dakar (PSDB), a empresa alegou que tem três meses de repasses atrasados do Município, sendo novembro e dezembro de 2024, ainda na gestão anterior, e o último mês de agosto. O fiscal da empresa, Miro Souza, relatou que os funcionários temem ficar sem rescisão.

 
“São 150 pais de família que precisam retornar ao trabalho. Só que com essa decisão da prefeita Flávia de rescindir o contrato, nós estamos à mercê. Sem emprego e agora sem rescisão para os funcionários”, disse ao VGN.
 
Sem pendência
 
Em nota, a Secretaria de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana informou que não possui qualquer pendência financeira com a empresa Eletroconstro, prestadora de serviços terceirizados, diferente do alegado pela empresa.
 
Segundo a Prefeitura, todos os pagamentos referentes ao exercício de 2025 estão devidamente quitados e em dia, conforme previsto em contrato. O município alegou que fará uma solicitação para que a empresa contratada em caráter emergencial absorva, no mínimo, 70% dos colaboradores da empresa atual.
 
De acordo com a imprensa local, a empresa orientou os trabalhadores a aguardarem em casa para o cumprimento do aviso prévio. Muito dos demitidos relatam dificuldades financeiras, já que dependem exclusivamente da renda do emprego para sustentar suas famílias.
 
Histórico ruim
 
No início de setembro, a Eletroconstro entrou com uma liminar na Justiça tentando anular o rompimento do contrato, pedido que foi negado, após o juiz Ramon Fagundes Botelho alegar que a empresa foi notificada em cinco oportunidades por conta de descumprimentos no dispositivo e que a rescisão unilateral está prevista na legislação. Em 2024 a empresa entrou em recuperação judicial, declarando ter dívidas trabalhistas de R$ 2,8 milhões. 
 
Em abril de 2019 a empresa também foi alvo da Operação Sócio Oculto, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado). O inquérito apurava possível direcionamento de licitação e superfaturamento dos serviços de varrição de praças e vias públicas, no valor de R$ 48,7 milhões firmado em 2019 entre a Prefeitura de Cuiabá e a empresa. 
 



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