Início GERAL Diego: “Simples apoio do Bolsonaro não garante nada, não basta”

Diego: “Simples apoio do Bolsonaro não garante nada, não basta”



Liderando o Republicanos em Mato Grosso, o deputado estadual Diego Guimarães afirmou que a candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta ao Palácio Paiaguás, em 2026, é tratada como prioridade pela direção nacional do partido e que não haverá recuo.
 

Ele é de realização, de entrega. Ele é o que a gente precisa: atencioso, realizador, bom gestor.

Pivetta conta com o apoio pessoal do governador Mauro Mendes (União) e de outras lideranças políticas do Estado. No campo da centro-direita, ele e seu grupo articulam uma possível aliança com o PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, para atrair o eleitorado bolsonarista em Mato Grosso.
 
Para Diego, no entanto, a decisão do eleitor não se dará apenas com base em apoios políticos, mas principalmente no perfil do candidato.
 
“O simples apoio do Bolsonaro não garante, não basta. Não é um predicado, não é uma qualidade que deve definir uma eleição. O cidadão de Mato Grosso vai procurar postura, valores e também quem tem capacidade de gestão, histórico dentro da política e da iniciativa privada que o capacite a ser um bom gestor”, declarou.

 

O simples apoio do Bolsonaro não garante, não basta. Não é um predicado, não é uma qualidade que deve definir uma eleição

Segundo o parlamentar, esse perfil se encaixa em Pivetta, que, na sua avaliação, não tem estilo populista, mas é reconhecido pela capacidade de entrega.
 
“Ele não é aquele político bonachão, não é o ‘boa praça’, não vai ser e não é o mais carismático. Ele é de realização, de entrega. Ele é o que a gente precisa: atencioso, realizador, bom gestor. O Pivetta tem qualidade para conduzir Mato Grosso e melhorar a vida de quem mora aqui”, emendou.
Diego também destacou que a candidatura de Pivetta deve fortalecer o Republicanos na disputa proporcional, ampliando o protagonismo do partido na eleição de deputados estaduais e federais.
 
Ao MidiaNews, o deputado ainda afirmou que o senador Welington Fagundes (PL), possível adversário do vice-governador, deve permanecer no Senado. Ele aproveitou para criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). 
 

 
Confira principais trechos da entrevista:
 
MidiaNews – O senhor esteve em Brasília no evento que comemorou os 20 anos do Republicanos. Como foi esse encontro?
 

O Pivetta tem qualidade para conduzir Mato Grosso e melhorar a vida de quem mora aqui

Diego Guimarães – O Republicanos é o quinto maior partido do Brasil e eu acredito que em pouquíssimo tempo ele estará entre os três maiores do país. O Republicanos tem 20 anos, hoje tem 44 deputados federais, dois governadores, 1.200 vereadores e mais de 400 prefeitos no Brasil inteiro. 
 
Aqui no estado de Mato Grosso, dois deputados estaduais, o vice-governador Otaviano Pivetta, 12 prefeitos, 21 vice-prefeitos e mais de 160 vereadores. É um partido que eu acho que está muito antenado àquilo que a população brasileira espera da política. 
 
Tanto no seu conteúdo programático, quanto nas figuras expoentes que estão lá dentro, como o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, o vice-governador Otaviano Pivetta, e a senadora Damaris Alves. É um partido que tende a crescer muito. 
 
Nesse evento, o presidente nacional Marcos Pereira, falou desse protagonismo que o partido pretende ter nos próximos anos. Aqui no estado de Mato Grosso, o Republicanos se prepara para ter o vice-governador Otaviano como candidato ao Palácio Paiaguás. 
 

Victor Ostetti/MidiaNews

“O Otaviano Pivetta é uma das prioridades do Republicanos no Brasil”

O Otaviano Pivetta é uma das prioridades do Republicanos no Brasil, por buscar o governo de Mato Grosso, pelo protagonismo do Estado, sua importância no cenário nacional e pelo modelo de gestão que Pivetta vem conduzindo junto com Mauro Mendes. 
 
MidiaNews – Quando o senhor cita “prioridade” é o mesmo que dizer que o Republicanos não vai recuar da candidatura do Otaviano Pivetta?
 
Diego Guimarães – Não, o Republicanos não recua dessa candidatura. Primeiro, porque o eleitor mato-grossense merece uma candidatura como do Otaviano. Otaviano não será candidato ao governo porque é uma vaidade do partido, porque ele quer ou o grupo político deseja. 
 
Mato Grosso precisa ter esse debate democrático de avaliar o nome como Otaviano Pivetta, a sua história de vida, as realizações que ele já teve fora e dentro da política e avaliar se é isso que ele quer.  E, enquanto partido, gente avaliza isso. 
 
O presidente regional, Adilton Sachetti, já deixou isso muito claro: a prioridade do partido para 2026 é a candidatura do Otaviano Pivetta. A gente acredita no Otaviano Piveta, vai ser muito bom para o nosso estado, pra quem mora aqui. 
 
E eu acredito que o Otaviano pode fazer até melhor do que o que está aí. O Mauro foi muito exitoso, tem feito uma boa gestão, mas acredito que ele pode melhorar muito mais a vida de quem mora no nosso estado.
 
MidiaNews – O Otaviano tem uma atuação consistente na infraestrutura e na educação do Estado. 
 

E eu acredito que o Otaviano pode fazer até melhor do que o que está aí

Diego Guimarães – O Otaviano desde que assumiu, ele não foi um vice-governador apagado. O Mauro colocou ele pra desempenhar funções importantes no governo. 
 
E eu cito a agricultura familiar, a revolução que nossa educação está passando… Hoje as nossas escolas estaduais têm estrutura, condições e preparo dos professores tal qual escolas particulares se não melhores.
 
E também na infraestrutura. As grandes obras que o Estado tem tocado. São mais de 4 mil quilômetros de asfalto, pontes, ferrovias… Tudo isso passa por essa habilidade que o Otaviano teve junto com o governo Mauro de ter esse protagonista. É muito legal que, hoje, Mato Grosso tem praticamente dois governadores.
 
Vemos que os dois mantêm um gabinete aberto para receber prefeitos, vereadores, entidades e deputados, o que é muito positivo. O protagonismo que ele teve como vice, certamente, servirá, como governador, para dar continuidade ao governo, mas com a visão própria de Pivetta, e não apenas como um governo totalmente novo.
 
Eu acredito que ele pode corrigir erros que tiveram nessa gestão e um deles, para mim, é uma maior atenção à saúde. Todo dia eu recebo ligações de pai, mãe e filho desesperado por conta de falta de leito de UTIe especialidades médicas,. 
 

O Wellington é um político que não representa a direita como os bolsonaristas mais raiz esperam

Teremos a inauguração de grandes hospitais, seis grandes hospitais estão sendo feitos. Vai precisar de alguém que tenha competência para gerir isso, porque obra é uma coisa, execução de serviço de saúde é outra. Eu acho que o Otaviano tem essa qualidade para poder tocar esse estado e melhorar a qualidade de vida de quem mora aqui. 
 
MidiaNews –  Um dos principais concorrentes de Otaviano seria o senador Wellington Fagundes, do partido do ex-presidente Bolsonaro. O senhor acredita que o apoio ao bolsonarismo pode favorecer a candidatura de Wellington e dificultar a de Pivetta?
 
Diego Guimarães – Eu acho que não. Wellington é um político que não representa a direita como os bolsonaristas mais raízes esperam. Em grandes eventos da direita, quando ele pega o microfone, acaba recebendo vaias, às vezes até muitas vaias.
 
Ele não representa esse desejo de mudança. Ele é um camaleão da política. Se você analisar bem, Wellington teve no governo Lula, teve no governo Dilma, foi líder do PLdentro do Congresso Nacional. É um político de carreira, e isso vai ser avaliado pela população.
 

O Wellington é um político que não representa a direita como os bolsonaristas mais raiz esperam

O cidadão de Mato Grosso vai procurar postura, valores, e também capacidade de gestão, histórico dentro da política e da iniciativa privada que capacite essa pessoa para ser um bom gestor, para poder conduzir essa máquina que é o Estado de Mato Grosso. Estado que arrecada mais de R$ 40 bilhões ao ano.  É uma máquina que precisa funcionar, grandes obras precisam acontecer. Esse é o confronto que deve acontecer na eleição.
 
Eu acredito que Wellington Fagundes deve continuar no Senado, cumprindo os oito anos, para, quem sabe no futuro, almejar a vaga de governador. Desta vez, acredito que Pivetta é a aposta certa pelo preparo, pelo perfil e pelo modelo de administração que Mato Grosso precisa e deseja
 
MidiaNews – Esse possível fator do Bolsonaro preso por conta da trama golpista, pode mudar o resultado das eleições em Mato Grosso?
 
Diego Guimarães – Primeiro, é um grande absurdo que Bolsonaro esteja preso. O STF, e especialmente Alexandre de Moraes, agiram de forma exagerada, tomando decisões equivocadas, que, a meu ver, foram motivadas mais por raiva e ódio do que pelo devido processo legal e pelo amparo jurídico necessário para condenar ou aplicar qualquer medida cautelar a um cidadão.
 
Isso não se refere apenas a Bolsonaro. A forma como os fatos ocorreram e vêm se desenrolando é prejudicial tanto para o ex-presidente quanto para a democracia brasileira
 

Victor Ostetti/MidiaNews

“O Bolsonaro sem a liberdade, obviamente, que seu peso político se enfraquece ”

Sem liberdade, Bolsonaro naturalmente tem seu peso político enfraquecido pela ausência de sua presença física. Por outro lado, entre seus apoiadores, isso gera um sentimento de luto que acende uma chama de revolta, de mudança e de apoio imediato a quem estiver ao lado de Bolsonaro.
 
Repito: no cenário mato-grossense, o apoio de Bolsonaro a qualquer candidato não será determinante para definir quem será o próximo governador.
 
 
O eleitor mato-grossense vai escolher com base em quem são os candidatos — Wellington, Otaviano Pivetta ou outro — e, a partir disso, definir seu voto
 
MidiaNews – Deputado, uma das críticas que o Pivetta enfrenta é sobre a ausência dele junto à população de Mato Grosso. O senhor acha que ele falha ao não se posicionar de maneira mais efetiva junto à população? 
 
Diego Guimarães -Otaviano não é aquele político bonachão. Ele não é o ‘boa praça’, não vai ser,  e não é o mais carismático, nem populista. Ele é de realização, de entrega.
 
Alguns amigos dizem: ‘Pivetta precisava ser mais presente, fazer um carinho’. E eu respondo: ‘Quer carinho? Peça à sua esposa. Quer afago? Peça à sua namorada. Agora, quer obra? Peça ao Pivetta. Quer realização? Quer estrada? Converse com ele. Quer escola? Peça ao Pivetta’. 
 
Acredito que quem anda de ônibus hoje em Cuiabá, ou pelas estradas de Mato Grosso, seja o trabalhador que busca oportunidade de emprego, o empreendedor que precisa de rodovias seguras para transportar seus produtos, ou o agricultor que produz grãos e carne — todos eles não querem tapinhas nas costas. Querem que o dinheiro que pagam em impostos seja bem investido.
 

O cidadão quer o populista, gente boa, ou o mais sério, mais introvertido, mas realizador?

Se é isso que ele quer, certamente vai escolher Otaviano Pivetta. Agora, se busca apenas carinho… quer alguém mais ‘boa praça’ do que Emanuel Pinheiro? Pinheiro era bonachão, estava sempre nos bairros, tomando cerveja com as pessoas. Mas, por outro lado, foi um gestor contumazmente ruim — não vou usar outras palavras para não criar implicações jurídicas.
 
Foram 21 operações na gestão dele, a cidade ficou abandonada, houve escândalos de corrupção por todos os lados, dinheiro no paletó. Então, a pergunta é: ‘Quer isso, ou quer alguém que realiza, que entrega resultados e transforma a vida das pessoas não apenas hoje, mas para as gerações futuras?’
 
Acredito que isso não seja um empecilho. O cidadão terá a sabedoria de analisar o perfil dos candidatos e decidir o que realmente quer: alguém populista e carismático, ou alguém sério, mais introvertido, mas realizador, que entrega resultados concretos, melhora a qualidade de vida, não tem escândalos de corrupção no passado e não deixa o Estado nas mãos de um aventureiro.
 
Mesmo com esse perfil, Pivetta não precisa mudar. Uma vez, conversando com ele, disse: ‘Eu não sei fazer dancinha, não vou fazer isso.’ Esse é o perfil dele, e não adianta tentar mudá-lo. Cada um tem seu estilo.
 
 
Assim como na iniciativa privada há gestores mais comunicativos e ligados às relações pessoais, há aqueles focados em números, ações e resultados. Esse é o perfil de Otaviano Pivetta.
 

 

Mas eu tenho certeza que é o que a gente precisa, atencioso, realizador, bom gestor e eu acredito que esse é o perfil que povo vai querer também.

MidiaNews – Mas ele também me parece bem receptivo, não é? Recebe muitas lideranças no gabinete…
 
Diego Guimarães – E entrega. Ele tem um gabinete aberto. Eu normalmente quando vou na vice-governadoria tem fila de prefeitos, de vereadores, associações de produtores, entidades dos mais variados setores social, cultural, esportivo que vão lá conversar com ele. Ele atende a todos com educação.
 
É que eu falei: ele não tem aquele perfil de estar na aglomeração, que é importante sim, mas não é o perfil dele.  Penso eu que, logicamente, num processo eleitoral deve estar mais no dia a dia, mas não é o perfil do Otaviano. Ele não é o populista, não é o mais popular. Mas eu tenho certeza que é o que a gente precisa, atencioso, realizador, bom gestor e eu acredito que esse é o perfil que povo vai querer também. 
 
MidiaNews – Deputado, essa candidatura do Pivetta a majoritária fortalece muito os Republicanos na eleição do ano que vem, especialmente para as proporcionais. Qual que é a projeção do partido?
 
Diego Guimarães – Temos conversado com o presidente Adilton Sachetti, que tem liderado o partido, e entendemos que o Republicanos está em seu melhor momento. Disputar uma majoritária para o governo em um estado como Mato Grosso é, sem dúvida, o ponto alto do partido.
 
Automaticamente, os holofotes se voltam para dentro do Republicanos. Muitas pessoas querem se filiar ao partido, surgem diversos pré-candidatos. O fato de ter uma candidatura majoritária atrai a atenção do eleitor para aqueles candidatos que fazem parte do mesmo grupo do governador.
 

Victor Ostetti/MidiaNews

“Muitas pessoas querendo vir para o Republicanos, muitos pré-candidatos”

Nossa expectativa é que, se o partido mantiver as 24 vagas na Assembleia, devemos conquistar pelo menos quatro e disputar a quinta. Agora, se chegar a 27 vagas, como pode acontecer até outubro, queremos garantir a quinta e, quem sabe, disputar a sexta, buscando ter uma das maiores bancadas da Assembleia.
 
MidiaNews – E para bancada federal?
 
Diego Guimarães – Sendo oito federais ou sendo nove,  eu não tenho dúvida de que gente vai eleger dois federais.
 
MidiaNews – Mudaria a configuração de hoje, sendo a maioria do PL.
 
Diego Guimarães – Outros partidos também estão se organizando. O PL tem a maior bancada do estado e deve manter entre dois e três federais. Mas o Republicanos deve eleger dois, o  União Brasil mantém uma ou duas cadeiras. Espero que a esquerda não eleja ninguém, mas se eleger vai ser só uma cadeira também. Então deve ficar mais ou menos nessa divisão aí a nossa bancada federal.  
 
MidiaNews – O senhor já disse inúmeras vezes que vem a reeleição. A chapa do Republicanos tem nomes de peso como o seu nome, Nininho, Maysa Leão.  Isso não intimida o senhor ou, na verdade, traz mais força? 
 
Diego Guimarães – Não existe eleição ganha, não existe eleição fácil. Desde a minha primeira eleição a vereador de Cuiabá, foi numa chapa extremamente disputada. A época no Progressista, elegemos três vereadores. Depois, em 2020, fui presidente do Cidadania, nós elegemos três vereadores.
 

Não existe eleição ganha, não existe eleição fácil

Para deputado, participamos de uma disputa sem ainda ocupar o cargo, numa tentativa de nos inserir nesse universo que é a Assembleia Legislativa. Com a possibilidade de eleger apenas um e já contando com o mandato de Moretto, conseguimos eleger dois, e eu alcancei a maior votação do partido naquela eleição.
 
Sempre digo que, primeiro Deus e depois os amigos e a família nos sustentam em qualquer candidatura. Nossa tendência é buscar a reeleição. Um partido forte precisa de candidatos fortes. Hoje, temos Valmir Moretto, Diego Guimarães, Nininho e Maisa Leão, vereadora de Cuiabá, muito bem votada e que se coloca como pré-candidata a deputada estadual, podendo ser uma das grandes surpresas da eleição no próximo ano.
 
Também temos Wlad Mesquita, vereador mais votado em duas eleições em Lucas do Rio Verde e suplente de deputado estadual, que acredito chegará com força significativa no Médio Norte.
 
 
Temos ainda o Pastor Alex Sandro, da Igreja Universal do Reino de Deus, que alcançou 18 mil votos em sua primeira tentativa de deputado estadual em 2022, e o ex-prefeito de Itanhangá, Edu Pascoski, um grande nome na região, que teve um mandato relevante e tende a ser um forte candidato a deputado estadual.
 

Eu sempre falo que primeiro Deus e depois amigos, família que nos sustentam em qualquer candidatura

Na região do Norte-Araguaia, temos Daniel do Lago, ex-prefeito de Porto Alegre do Norte, extremamente preparado e que tem feito um grande trabalho, consolidando-se como pré-candidato a deputado estadual.
 
Na região Sul, temos Angelita Amorim, presidente do Republicano Mulher, preparada e que, acredito, será uma grande candidata.
 
Outros nomes também demonstram interesse: o Dr. Eugênio quer se filiar ao Republicanos, e o secretário de Educação Alan Porto se coloca como pré-candidato, já tendo sido sondado para o partido.
 
 
Um partido que deseja crescer precisa de nomes que a população reconheça como fortes. Na disputa, é a urna que vai responder, e acredito que os melhores nomes escolhidos representarão bem o partido, no qual tenho a honra de atuar.
 
Veja:
 

 



FONTE