O vereador e relator da CPI do estacionamento rotativo na Câmara, Dilemário Alencar (União), disse que não concorda que a empresa CS Mobi reclame do atraso no pagamento mensal de R$ 650 mil da Prefeitura de Cuiabá, previsto em contrato.
Eu, particularmente, se fosse prefeito, iria brigar até as últimas consequências para não pagar e repactuar esse contrato
A empresa ingressou este mês com uma representação no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) com uma série de pedidos, dentre eles o pagamento do montante. Desde que assumiu, o prefeito Abilio Brunini (PL) suspendeu os repasses.
“Não acho que a empresa tem razão, se eu fosse prefeito também não repassava. Você vai perguntar para qualquer cidadão cuiabano se ele concorda em pagar o estacionamento rotativo e o povo, que é quem está pagando, pagar para essa empresa R$ 650 mil por mês”, questionou Dilemário.
Em outros pontos reclamados pela CS Mobi na ação no TCE, a empresa pede o reajuste nas tarifas cobradas dos proprietários dos veículos e tentar impedir que o prefeito Abílio faça declarações insinuando o rompimento do contrato, celebrado na gestão anterior.
O vereador ressaltou que o contrato foi muito bem “amarrado” e afirmou que não vê vantagens para a população
“Eu, particularmente, se fosse prefeito, iria brigar até as últimas consequências para não pagar e repactuar esse contrato, deixando ele interessante para a população de Cuiabá e buscar o apoio do Ministério Público, do TCE, para que a Prefeitura, caso rompa, não pague a multa milionária”, disse.
Fim de gratuidade
Uma ação movida pelo ex-prefeito no Tribunal de Justiça de Mato Grosso derrubou a gratuidade no estacionamento para idosos e pessoas com deficiência no final do mês de maio. A gratuidade havia sido aprovada pela Câmara e virou lei.
Dilemário criticou a ação e questionou qual foi o interesse de Emanuel para derrubar a gratuidade e “estar ao lado” da empresa. Ele apresentou um pedido de convocação do ex-prefeito para ser ouvido na CPI em curso na Câmara, que investiga o contrato com a CS Mobi.
“Tá muito mal explicada essa história aí, por que Emanuel Pinheiro entrou na justiça para prejudicar os velhinhos e a pessoa com deficiência? Eu quero saber qual que é o ponto dessa maldade, por que ele fez isso? Ele fez isso para beneficiar essa empresa?”, questionou.
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