Centenas de estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) Câmpus Várzea Grande estão vivendo um drama diário para chegar e sair da instituição, expondo uma grave falha no sistema de transporte público da cidade. A situação, que já virou rotina, envolve pontos de ônibus precários, superlotação e falta de segurança, levando os alunos a um apelo desesperado por visibilidade e providências.
Um vídeo gravado pelos próprios estudantes, e que circula nas redes sociais, expõe a dura realidade: pontos de ônibus sem qualquer estrutura, desprovidos de cobertura e segurança. Sob sol forte ou chuva intensa, os alunos são obrigados a esperar em condições desumanas, muitas vezes vendo seus materiais e mochilas molhados.
O principal gargalo, segundo os relatos, reside na linha 951, que atende a vasta maioria dos estudantes e já não consegue dar conta da demanda. “Os ônibus superlotados muitas vezes passam direto porque não há mais espaço”, desabafa um estudante. Para agravar o cenário, a linha 08B, que antes servia como alternativa, teve seu trajeto alterado e deixou de subir até o novo câmpus, concentrando ainda mais a demanda na já deficitária 951.
O resultado são cenas diárias de jovens encharcados pela chuva, frustrados e com a rotina de estudos comprometida pela ineficiência do transporte. “Estamos falando de estudantes que só querem condições dignas para estudar”, reforça a mensagem enviada à imprensa.
Apesar da gravidade e da persistência do problema, os alunos afirmam que, até o momento, nenhuma providência foi tomada pela Prefeitura de Várzea Grande, pela prefeita Flávia Moretti ou pelo secretário Caio Cordeiro. O silêncio e a inação das autoridades locais têm aumentado a indignação da comunidade acadêmica, que agora busca na mídia e na opinião pública a força necessária para ser ouvida.
A comunidade estudantil do IFMT Câmpus Várzea Grande espera que a divulgação do vídeo e da situação real que enfrentam pressione as autoridades a agirem com urgência, garantindo um transporte público eficiente, seguro e digno para que possam exercer seu direito à educação sem maiores percalços.