O ex-funcionário Welliton Gomes Dantas, preso nesta quinta-feira (13) por desviar mais de R$ 10 milhões do Grupo Bom Futuro, afirmou que começou o esquema porque o sistema permitiu uma brecha. De acordo com ele, as fraudes eram emitidas por meio de transporte de gados.
Começou com intermediações que eu fazia, tudo certinho, nada ilegal. Mas sempre teve essa brecha, eu ‘não vou, não vou, não vou’, enfim, acabei caindo
“Começou com intermediações que eu fazia, tudo certinho, nada ilegal. Mas sempre teve essa brecha, eu ‘não vou, não vou, não vou’, enfim, acabei caindo”, afirmou em depoimento na Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá.
Welliton afirmou que o início do esquema foi arquitetado por ele e pelo empresário Vinícius de Moraes Sousa, dono da Sousa Transportes, que também prestava serviços ao Bom Futuro. Após uma conversa de ambas as partes, eles decidiram “fazer o teste”, e a partir do momento em que realizaram a primeira fraude e não foram pegos, seguiram com o esquema.
Segundo as investigações, Welliton aproveitava a sua posição no setor de transportes do grupo agrícola e desviava os valores por meio da emissão de notas fiscais falsas em nome de empresas inexistentes, simulando o transporte de gado.
O suspeito emitia notas de Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) referentes a serviços de transporte de gado e realizava os pagamentos. O transporte era realizado pela própria empresa, mas os valores da suposta prestação de serviços eram adquiridos pelo esquema.
O ex-funcionário foi preso na sede da empresa após um monitoramento interno identificar uma nova nota fiscal emitida por Welliton na quarta-feira (12), o que alertou a empresa sobre o desvio.
“Fizeram a identificação desses valores e conseguiram identificar uma movimentação feita na data de ontem”, declarou o delegado responsável pelo caso, Pablo Carneiro, responsável pelo caso.
Quando Welliton Gomes Dantas foi preso ele estava em posse de documentos, agendas e dispositivos eletrônicos relacionados às fraudes.
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