Início GERAL “Homem nenhum vai me intimidar”, afirma Michelly sobre colega

“Homem nenhum vai me intimidar”, afirma Michelly sobre colega



A vereadora Michelly Alencar (União) reagiu à postura do colega Dídimo Vovô (PSB) durante a sessão de quinta-feira (11), na Câmara de Cuiabá, e afirmou que comportamentos como o dele não irão intimidá-la.
 
Em meio a um bate-boca generalizado na Casa, o parlamentar chegou a gritar e colocar o dedo em riste em frente a Michelly.
 
“Não bastou ele gritar de onde ele estava. Ele saiu do lugar, pegou o celular, veio até mim e colocou o dedo na minha cara. Penso que se eu não estiver pronta para esse embate, aqui não é meu lugar. Agora, estou pronta para o embate com decência e respeito. Homem nenhum me intimida, posicionamento nenhum batendo em mesa nunca me intimidou e não vai me intimidar”, disse a vereadora.
 

Estou pronta para o embate com decência e respeito. Homem nenhum me intimida, posicionamento nenhum batendo em mesa nunca me intimidou e não vai me intimidar

A discussão ocorreu em meio a votação do veto do prefeito Abilio Brunini (PL) ao projeto de lei – de autoria de Dídimo – que obriga o município a fornecer exames de ressonância magnética a a mulheres com mama densa. 

 
Michelly afirmou que, em diversos momentos do debate em plenário, teve sua fala interrompida, não só por Dídimo, mas também pelo vereador Jeferson Siqueira (PSD).
 
Segundo ela, as atitudes demonstram um desrespeito às mulheres, além de uma dificuldade dos colegas em ouvir posicionamentos divergentes.
 
“Se vocês analisarem, quando um homem está falando, eles ficam quietos. Quando uma mulher fala, eles fazem arruaça. Isso mostra claramente que o posicionamento deles não tem causa, não tem embasamento e, infelizmente, não tem respeito”, admirou.
 
A confusão levou a presidente da Casa, Paula Calil (PL), a suspender a sessão por alguns minutos para acalmar os ânimos.
 
Veto de Abílio
 
Ainda segundo Michelly Alencar, seu voto pela manutenção do veto do prefeito ocorreu porque já existe uma portaria do Ministério da Saúde garantindo que toda mulher com indicação de ressonância magnética para exame de mama densa tenha resguardada essa garantia.
 
“O projeto de lei não prevê que a mulher tenha acesso prioritário. É o mesmo que a portaria estabelece em março deste ano, uma portaria nova e talvez o vereador não tenha se atentado a isso. O vereador quis polemizar em cima de uma causa que não existe”, concluiu.  
 
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