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Hospital Central terá gestão do Albert Einstein; contrato de R$ 34,9 milhões mensais



Por Cleiton Túlio | Portal Mato Grosso
Uma nova era para a saúde pública em Mato Grosso teve início na noite desta terça-feira (22.04), com a assinatura do contrato entre o Governo do Estado e o Hospital Israelita Albert Einstein para a gestão do aguardado Hospital Central de Cuiabá. O acordo, que representa um investimento de R$ 34,9 milhões mensais, tem como objetivo colocar a unidade em pleno funcionamento, proporcionando atendimento de excelência à população.
Durante a cerimônia, o governador Mauro Mendes compartilhou uma experiência pessoal marcante vivida no Hospital Albert Einstein em São Paulo, onde realizou a doação de um rim para sua esposa, Virginia Mendes, em 2014. “Vivenciei de perto a qualidade e a referência do Einstein no país. A alegria de saber que agora podemos oferecer essa mesma oportunidade aos mato-grossenses é imensa”, declarou o governador.
Mendes expressou confiança na parceria e destacou o compromisso do governo em honrar os termos do contrato. “O Hospital Albert Einstein possui todas as condições para entregar um serviço de alta qualidade e performance, cumprindo integralmente o que foi estabelecido”, enfatizou.
O governador também ressaltou a importância da assinatura do contrato como um “passo fundamental para transformar a saúde em Mato Grosso”. Visivelmente emocionado, Mendes projetou o impacto positivo que o hospital terá na vida das pessoas. “Imagino a alegria das primeiras pessoas a serem atendidas aqui. Esse momento compensará os desafios e dificuldades que enfrentamos na política”, afirmou.
Superando obstáculos e transformando ruínas em esperança
Mendes relembrou as dificuldades enfrentadas ao retomar a obra do Hospital Central, que permaneceu abandonada por mais de três décadas. “Encontramos um prédio em ruínas, paralisado por 34 anos. Muitos questionaram a decisão de seguir em frente, mas persistimos e transformamos esse sonho em realidade”, disse o governador, citando pareceres técnicos favoráveis à continuidade da obra.
A estrutura, que inicialmente possuía apenas 9 mil m², foi expandida para 32 mil m² e terá capacidade para 1.990 internações, 652 cirurgias e 3.000 consultas especializadas por mês. O hospital contará com 10 salas cirúrgicas, 60 leitos de UTI e 230 de enfermaria, oferecendo uma ampla gama de serviços médicos.
Uma parceria que promete revolucionar a saúde pública
O Hospital Israelita Albert Einstein, reconhecido como o 22º melhor hospital do mundo e o primeiro do Hemisfério Sul, trará sua expertise e experiência na gestão de unidades de saúde pública. Atualmente, o grupo administra 36 unidades, incluindo cinco hospitais em São Paulo, Goiás e Bahia.
A parceria com o Einstein custará ao Estado cerca de R$ 24 milhões mensais, com um adicional de R$ 10 milhões provenientes do Ministério da Saúde pela habilitação de serviços. A expectativa do governo é que a gestão do hospital gere uma economia de até R$ 46,8 milhões por ano aos cofres públicos.
Com o slogan “É histórico! Depois de 40 anos o que era sonho, virou realidade”, o Hospital Central oferecerá atendimento 100% gratuito através do Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade, cuja obra foi iniciada em 1984 e interrompida em 1987, oferecerá especialidades como cardiologia, neurologia, vascular, ortopedia, otorrinolaringologia, urologia, ginecologia, infectologia e cirurgia geral. A previsão é que os atendimentos comecem de forma gradual em setembro, com operação plena a partir de dezembro.
A cerimônia de assinatura contou com a presença do vice-governador Otaviano Pivetta, do secretário de Saúde Gilberto Figueiredo, do presidente do Hospital Israelita Albert Einstein Sidney Klajner, além de outras autoridades e representantes dos poderes.



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