A influenciadora digital Emilly Souza foi presa na manhã de terça-feira (3) em Cuiabá, em mais um desdobramento da Operação Quéfren. A ação policial investiga um esquema de promoção e exploração de jogos de azar, incluindo o popularmente conhecido “jogo do tigrinho”. Emilly estava foragida desde o dia 2 de abril, data da deflagração da primeira fase da operação pela Polícia Civil do Ceará.
De acordo com informações divulgadas pela Polícia Civil, a influenciadora foi localizada e detida na residência de sua mãe, situada no bairro Santa Terezinha, na capital mato-grossense.
Ainda em abril, no contexto das investigações, duas amigas de Emilly Souza, com 21 e 25 anos, foram presas pela Polícia Civil em um apartamento que teria ligação com a influenciadora. As jovens são investigadas pelo crime de favorecimento real, que se configura pelo ato de obter benefício de delitos cometidos por terceiros. Ambas foram conduzidas à Delegacia de Estelionato, onde prestaram depoimento e foram autuadas por meio de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
A Operação Quéfren
A Operação Quéfren, que resultou na prisão de Emilly Souza, já havia levado à detenção de outra influenciadora, Mariany Dias, também em abril, em Cuiabá. A primeira fase da operação foi realizada simultaneamente nos estados do Ceará, Mato Grosso, São Paulo e Pará.
O principal objetivo da Quéfren é cumprir mandados de prisão, apreensão de bens e bloqueio de valores contra influenciadores digitais e outros indivíduos suspeitos de envolvimento na divulgação e incentivo a jogos ilegais no Brasil, como o “jogo do tigrinho”.
No total, foram expedidos 13 mandados de prisão, 17 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de busca de veículos e 15 mandados de bloqueio de bens e valores. As ordens judiciais foram emitidas pelo juízo do 1º Núcleo de Custódia/Garantias da Comarca de Juazeiro do Norte (CE).
Segundo as investigações da Polícia Civil, a organização criminosa investigada teria movimentado aproximadamente R$ 300 milhões nos últimos dois anos através dessas atividades ilícitas.