Início GERAL Mendes: CGE identificou sobrepreço, mas não acusou deputados

Mendes: CGE identificou sobrepreço, mas não acusou deputados



O governador Mauro Mendes (União) afirmou que a Controladoria-Geral do Estado não acusou os deputados estaduais de esquema por meio de emendas parlamentares. A Polícia Civil apura a compra supostamente fraudulenta de kits agrícolas durante o período eleitoral.
 

A CGE não fez acusação a nenhum deputado. Ela identificou o sobrepreço e apontou aquilo no relatório

A Assembleia Legislativa aprovou, na última semana, a convocação do controlador-geral do Estado, Paulo Farias Nazareth Neto, para prestar esclarecimentos.
 
A convocação ocorreu dois dias após o Portal UOL divulgar que 14 deputados, além de um prefeito e um secretário de Estado terem encaminhado emendas que que teriam sido usadas para compras superfaturadas.
 
“A CGE não fez acusação a nenhum deputado. Ela identificou o sobrepreço e apontou aquilo no relatório. Mas não entrou no mérito do nome de nenhum deputado. Ela vai disponibilizar esse relatório para Assembleia Legislativa e vai poder aferir isso com os próprios nomes”, afirmou Mendes à imprensa.

 
O caso foi investigado no âmbito da Operação Suserano, da Polícia Civil, deflagrada em setembro de 2024, que aponta para um suposto desvio de recursos públicos na execução de emendas parlamentares em Mato Grosso. O prejuízo estimado aos cofres públicos pode ultrapassar R$ 28 milhões.
 
O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), criticou o relatório feito pela CGE, alegando que a investigação foi feita de “forma errada” e teria ultrapassado os limites legais, incluindo imagens e vídeos de deputados em eventos políticos.
 
No entanto, Mendes negou que o órgão tenha agido de forma irregular e afirmou que os deputados poderão aferir ao terem acesso ao relatório.
 
“Tive uma reunião com a CGE. Ele está informando e colocando à disposição o próprio relatório para que os deputados possam receber. Alguns já receberam esse relatório e viram que não tem nada disso”, disse.
 
“Hoje, temos que tomar muito cuidado diante de alguns problemas e não ficar falando sem que haja uma assertividade maior e objetividade daquilo que se diz por aí e daquilo que, efetivamente, está escrito preto no banco”, acrescentou.
 
Acusação injusta
 
Mendes ainda foi questionado sobre a crítica que alguns parlamentares fizeram à delegada Juliana Rado, da  Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), que investiga um suposto esquema de desvio de recursos por meio de emendas parlamentares destinadas à Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf).
 
O governador negou que tenha tido acesso à investigação, mas reiterou que repudia qualquer tipo de acusação injusta.
 
“Eu já fui acusado injustamente e anos depois fui inocentado. E não foi nem uma, nem duas vezes e eu lamento, não gostaria que ninguém passasse por isso. Lá em 2014, quando passei por isso, foram graves consequências na minha vida. Mas graças a Deus superei e não desejo que ninguém seja acusado injustamente”, afirmou.
 
Em 2014, enquanto exercia o cargo de prefeito de Cuiabá, Mendes foi alvo da Operação Ararath, por suspeitas envolvendo desvios em precatórios. Em 2017, a Justiça arquivou o caso por “falta de indícios e provas”.
 
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