Presidente do União Brasil Mato Grosso, o governador Mauro Mendes se reuniu, na noite desta segunda-feira (14), em seu gabinete no Palácio Paiaguás com a cúpula de seu partido para desfazer um mal estar, especialmente com o senador Jayme Campos, ocasionado por um jantar político na semana passada.
Mauro deixou claro que o apoio dele ao Pivetta é pessoal e que ele não iria tomar uma decisão dessas sem ouvir o partido
O encontro – a portas fechadas – teve a presença do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, dos irmãos Jayme e Júlio Campos, e dos deputados estaduais Eduardo Botelho e Dilmar Dal Bosco.
O grupo, com exceção de Garcia, manifestou descontentamento com a notícia de que Mendes teria “fechado apoio” do União à candidatura ao Palácio Paiaguás de seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), em um jantar promovido pelo empresário Eraí Maggi, na semana passada.
Mendes afirmou ao senador e deputados estaduais que têm um compromisso pessoal de apoiar Pivetta, mas que a definição partidária de apoiá-lo será feita apenas em conjunto, e no ano que vem.
“O encontro foi mais para aparar arestas, tirar um mal estar, porque pareceu que houve uma definição sem o apoio do partido, mas Mauro deixou claro que o apoio dele ao Pivetta é pessoal e que ele não iria tomar uma decisão dessas sem ouvir o partido”, disse Botelho ao MidiaNews.
No encontro, Jayme voltou a se colocar como nome para a disputa em algum cargo majoritário do grupo – seja à reeleição, ou até à disputa pelo comando do Paiaguás.
“Jayme disse que vai trabalhar para se colocar na disputa. E, lá na frente, se o grupo entender que seu nome é interessante, ele disse: ‘Eu saio a senador ou a governador. Se não acharem, eu não saio a nada’. Ele disse que vai trabalhar, mas sem imposição”, relatou o deputado.
Segundo Botelho, Jayme teve anuência do governador para seguir com o projeto, mas ponderou que a definição terá o crivo do Diretório Regional.
Futuro de Mendes
A contenção do princípio de crise não foi o único assunto do encontro. Mendes – tratado como candidatíssimo ao Senado na eleição de 2026 – disse que pode não concorrer à eleição e permanecer no cargo até o fim do mandato. “Ele vai analisar as circunstâncias”, disse Botelho.
Ainda foram cobrados nomes ao grupo para a formação de uma chapa forte para deputado estadual e federal. O União, que deve homologar federação com o PP em breve, tem enfrentado dificuldades de cooptar nomes para a disputa.
Jantar com PIB do Agro
O encontro que gerou o mal estar na cúpula do União ocorreu na noite do dia 8 de julho, e foi realizado na chácara do empresário Eraí Maggi, em Cuiabá, com políticos como o governador, o presidente nacional do Republicanos Marcos Pereira, o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), o secretário-chefe da Casa Civil Fábio Garcia (União), além do suplente de senador Mauro Carvalho (PRD).
Também estiveram os deputados estaduais Valmir Moretto, Diego Guimarães e Nininho, do Republicanos, além dos ex-deputados federais Neri Geller (PP) e Adilton Sachetti (Republicanos).
Entre os empresários estava ainda o mega-produtor Blairo Maggi.
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