‘Número 2’ do PCC é preso em supermercado de Várzea Grande após 10 anos foragido :: Notícias de MT



Apontado como o número 2 na hierarquia do Primeiro Comando da Capital (PCC), Ricardo Batista Ambrozio, de 44 anos — conhecido pelos apelidos Perfume, Kayak ou Kaíque — foi preso na noite de quinta-feira (3), enquanto fazia compras em um supermercado localizado na avenida Filinto Müller, em Várzea Grande.Leia mais
‘Pessoa muito querida’: prefeito de MT lamenta morte de homem com quase meia tonelada de drogaA prisão foi efetuada por investigadores da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, após uma investigação que teve início com a comunicação da Politec sobre inconsistências na emissão de segundas vias de documentos de identidade.Ambrozio estava foragido desde 2013, com mandado de prisão expedido pela Justiça de São Bernardo do Campo (SP), onde foi condenado a 16 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa e associação para o tráfico de drogas.Segundo o GAECO-SP (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ele atuava como “sintonia final da rua” — uma das mais altas funções fora dos presídios — sendo responsável pela liderança do PCC em liberdade e pela expansão da facção em Mato Grosso e no tráfico internacional.Vida de fachadaApesar de usar nomes falsos, Ricardo levava uma vida confortável. Morava com a esposa e os dois filhos, de 12 e 15 anos, em uma casa aparentemente modesta no bairro Costa Verde, mas que, por dentro, era luxuosa, com acabamento requintado, piscina e três veículos de alto valor: uma BMW, um Onix e uma Hilux.A companheira, de 32 anos, também utilizava identidade falsa e se apresentava como pastora de uma igreja evangélica na região. Ambos foram autuados em flagrante pelo crime de uso de documento falso.Durante buscas na residência, a polícia encontrou uma pistola com numeração raspada, diversos celulares e os veículos mencionados. Ricardo também responderá por posse de arma de fogo com numeração suprimida, cujas penas, somadas ao uso de documento falso, podem chegar a 12 anos de prisão.A delegada Eliane da Silva Moraes, titular da Delegacia de Estelionato, destacou a importância da prisão.“Essa captura representa um duro golpe contra o crime organizado, pois retira das ruas um dos principais articuladores da segurança da facção e reforça o compromisso da Polícia Civil com a população”, afirmou.Ricardo também é citado em processos que envolvem Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, maior líder do PCC no Brasil, e atuava diretamente na movimentação logística e financeira da organização em Mato Grosso e em rotas internacionais.Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aquiAssine nossa conta no YouTube, clique aqui
 



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