Em um golpe significativo contra a criminalidade tributária, o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA) de Mato Grosso deflagrou uma operação que resultou no bloqueio e sequestro de bens avaliados em mais de R$ 35 milhões. Seis decisões cautelares expedidas pelo Poder Judiciário visam indivíduos e grupos investigados por crimes contra a ordem tributária no estado.
A ação, batizada de Operação “De Volta ao Caixa”, é fruto da atuação coordenada de diversas instituições que compõem o CIRA: a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), a Secretaria de Fazenda (Sefaz) e o Ministério Público Estadual (MPMT). O objetivo principal é garantir que o patrimônio adquirido ilicitamente não seja dissipado, assegurando o futuro ressarcimento aos cofres públicos.
O delegado Walter de Melo Fonseca Júnior, titular da Defaz, ressaltou a eficácia da resposta estatal. “Essas medidas demonstram que Mato Grosso possui capacidade e coordenação para combater a sonegação e impedir que ela ocorra sem consequências patrimoniais. O trabalho integrado do CIRA é crucial para que o dinheiro que é da sociedade retorne e possa ser aplicado em políticas públicas, além de interromper ciclos de sonegação organizada”, afirmou o delegado.
Do Ministério Público Estadual, o promotor Washington Eduardo Borrére, que atua na Promotoria de Justiça de Crimes contra a Ordem Tributária, corroborou a importância da sinergia entre as entidades. “A colaboração entre as instituições do CIRA amplifica a inteligência investigativa, torna as medidas cautelares mais eficazes e assegura que o Estado recupere o que lhe é devido. Essa integração é vital tanto para desmantelar esquemas estruturados de sonegação quanto para garantir a efetiva recuperação dos ativos”, explicou Borrére.
A Operação “De Volta ao Caixa” consolida uma estratégia que visa fortalecer a recuperação patrimonial desde as fases iniciais das investigações. A intenção é evitar que valores devidos ao Estado sejam ocultados, transferidos ou dilapidados antes da conclusão dos processos criminais e fiscais.





