A Polícia Federal lançou hoje a operação Munduruku Log, visando desmantelar a rede de apoio logístico ao garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Munduruku, em Jacareacanga, Pará. Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão a empresários nos municípios paraenses de Jacareacanga, Santarém, Itaituba e Novo Progresso, além de Sinop e Alta Floresta, em Mato Grosso e Porto Velho, em Rondônia.
A operação mirou empresários que forneciam suporte à atividade garimpeira ilegal, incluindo o fornecimento de combustível, transporte de maquinários, facilitação do transporte aéreo de ouro e sua comercialização no mercado negro.
Bens apreendidos e contas bloqueadas
Veículos de luxo, motocicletas, documentos, joias e ouro, provavelmente extraído ilegalmente da Terra Indígena, foram apreendidos durante a operação. Além disso, a PF bloqueou bens e contas bancárias dos investigados, totalizando cerca de R$ 24 milhões.
Investigação iniciada em Jacareacanga
As investigações tiveram início com a identificação de comércios em Jacareacanga que davam suporte à extração ilegal de ouro na Terra Indígena. Com a operação de Desintrusão da TI Munduruku, iniciada em novembro de 2024, e a prisão de diversos garimpeiros, os investigados tentaram se esconder em outras cidades e estados, incluindo o Mato Grosso.
Investigados responderão por crimes ambientais e contra o Povo Indígena
A PF localizou todos os investigados, que responderão por danos ambientais, usurpação de bens públicos da União e crimes contra o povo indígena Munduruku, incluindo a violação de sua terra, cultura e costumes. As penas somadas podem chegar a 12 anos de prisão.
