Início GERAL Operação mira rede de pedofilia que seria liderada por médico

Operação mira rede de pedofilia que seria liderada por médico



A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (17) a Operação Verdades Secretas, para cumprimento de 16 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e medidas de quebra de sigilo telemático. A operação é resultado de uma investigação que apura a prática de crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes.
 
O inquérito que apurou os fatos teve origem após a investigação do médico Thiago Bitencourt Barbosa, de 40 anos, que também era vereador em Canarana. Ele foi preso no dia 31 de maio, sob acusações de abuso sexual contra menores, incluindo uma criança de 2 anos, uma adolescente de 15 e outra menor que não teve a idade informada.
 
As diligências autorizadas pela Justiça foram cumpridas simultaneamente nos municípios de Canarana, Água Boa, Querência, Gaúcha do Norte, Rondonópolis, Várzea Grande e Sorriso, além de um mandado executado em Recife (PE).
 
Entre os alvos da operação estão oito pessoas ligadas ao médico, dentre elas, sete mulheres que, segundo as investigações, mantinham vínculos próximos com ele, sem aparente ciência das relações paralelas entre si; e um homem, suspeito de envolvimento direto na produção, armazenamento e possível compartilhamento de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

 
A investigação revelou um padrão de atuação recorrente de Thiago, que buscava se aproximar de mulheres com filhas ou com acesso direto às crianças. Há evidências de que algumas dessas mulheres possam ter colaborado, ainda que indiretamente, com os abusos.
 
Durante as buscas realizadas nesta etapa da operação, foram apreendidos celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos. O conteúdo desses materiais será periciado, podendo contribuir para a identificação de novas vítimas e de eventuais novos autores ainda não detectados pelas investigações.
 
Aborto sob orientação do médico suspeitoDurante a operação, foi apurado que uma das suspeitas teria praticado um aborto sob orientação do médico. A criança não seria filha dele, mas o procedimento teria sido realizado sob sua orientação, o que agrava ainda mais a rede de manipulação e abuso psicológico.Além disso, novas vítimas de abuso sexual infantil foram identificadas ao longo da operação, o que reforça a gravidade dos crimes cometidos e a importância de continuar as investigações para garantir que todas as vítimas sejam identificadas e recebam a devida proteção.O principal investigado encontra-se atualmente preso preventivamente por força de quatro mandados distintos, expedidos no âmbito de quatro inquéritos policiais já concluídos, nos quais foi formalmente indiciado pela prática de diversos crimes sexuais.
 
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