O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) criticou a valor de R$ 30 bilhões de crédito emergencial criado pelo Governo Federal para ajudar as empresas afetadas pelo tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
É um curativo, é um curativo no ferimento. Curativo dura pouco tempo, nós trocamos todos os dias
Os R$ 30 bilhões liberados pela medida provisória vêm de um superávit financeiro registrado em 2024 no Fundo de Garantia à Exportação (FGE). No entanto, para Pivetta, o valor não é suficiente para realmente auxiliar os empresários.
“É um curativo, é um curativo no ferimento. Curativo dura pouco tempo, nós trocamos todos os dias. O Governo coloca isso como uma espécie de esmola e não resolve nada”, afirmou à imprensa.
As taxas anunciadas pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros chegam a 50%.
Apesar de não ser o Estado mais afetado, diversas lideranças políticas tem criticado a forma que o Governo Federal tem conduzido o problema com Trump.
Pivetta já havia alegado que não era o momento de entrar em um embate com os Estados Unidos para não colocar em jogo “o pouco que temos”.
Ao criticar o montante de crédito emergencial, o vice-governador destacou o quanto o recurso é ínfimo para atender a demanda dos estados mais afetados.
“Esse recurso [de R$ 30 bilhões] é para indenizar o valor do tributo que aumentou lá nos Estados Unidos. Para ter uma ideia, parece que R$ 5 bilhões para Brasil todo. Isso dá ideia do tamanho que é a ajuda do Governo Federal. É um curativo, como eu falei, um pequeno curativo”, disse.
Ajuda em Mato Grosso
Pivetta também foi questionado pela imprensa se o Governo de Mato Grosso estaria elaborando algum plano para ajudar os empresários afetados no Estado.
O setor madeireiro atualmente é o mais prejudicado pelo tarifaço. “Estamos estudando, entendendo qual a dimensão do problema e logo o governador deve anunciar alguma medida ou não, dependendo da avaliação”.
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