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Perícia Judicial revela fraude em ação de posse de terra em Água Boa



Por Edmundo Pacheco | Portal Mato Grosso
Uma criança de quatro anos morreu no dia 8 de junho no Hospital Regional de Água Boa (630 km de Cuiabá), após ser internada com dores abdominais. A mãe do menino, Hellen Beatryz Coelho de Oliveira, procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência e solicitar apuração sobre a conduta adotada durante o atendimento médico. Ela alega que houve falhas no tratamento e contesta o diagnóstico de influenza como causa da morte, conforme registrado no atestado de óbito e acusa a equipe médica que atendeu o menino de negligência.
De acordo com o relato feito pela mãe à polícia, o menino Isael luccas Teles de Oliveira. deu entrada no hospital por volta das 11h com dores abdominais intensas. Após exames de imagem, incluindo raio-X e tomografia, foi identificado acúmulo de fezes no abdômen da criança. Ainda segundo o boletim, um supositório foi prescrito pelo médico responsável, mas o procedimento não teria sido realizado pela equipe de plantão.

A mãe afirma que, durante toda a tarde, o filho continuou se queixando de dores e apresentou sinais de piora, como palidez, fraqueza e episódios de desmaio. Ela relata ainda que ele foi mantido em jejum por orientação da equipe, e que nenhuma ação concreta teria sido tomada para aliviar o quadro.
Hellen relata também que a criança recebeu diversos medicamentos intravenosos e, após a aplicação de uma substância de cor amarela, teria apresentado agitação seguida de desfalecimento. O menino foi levado à emergência, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória. Apesar das manobras de reanimação, o óbito foi confirmado às 20h56.
O atestado de óbito entregue à família indica como causa da morte “insuficiência respiratória aguda, por influenza”. A mãe, no entanto, questiona o diagnóstico, alegando que os sintomas gripais do filho já haviam regredido e que a principal queixa persistente era abdominal. Ela também diz ter presenciado a aplicação de insulina no menino e questiona o uso do medicamento, já que, segundo ela, a criança não era diabética.
Documentos médicos anexados ao boletim de ocorrência indicam que, no momento da internação, a criança apresentava quadro gripal com nove dias de evolução, febre, tosse, vômitos e evacuação dolorosa, além de sinais clínicos como sonolência e desidratação. Os diagnósticos iniciais mencionam transtornos intestinais funcionais e pneumonia não especificada. O relatório aponta que o menino estava em uso de oxigênio em alto fluxo e, após sofrer parada cardiorrespiratória às 19h45, foi entubado e submetido a protocolo de reanimação por cerca de uma hora, sem sucesso.
O Hospital Regional de Água Boa é administrado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Araguaia. Até o momento, a direção da unidade não se manifestou publicamente sobre o caso.
A mãe da criança cobra esclarecimentos e afirma que pretende seguir buscando respostas. “Meu filho não era diabético, não aplicaram o supositório que o médico mandou, ele estava com dor e ninguém fez nada. Dizem que foi gripe, mas ele melhorou da gripe, estava com dor na barriga. Quero justiça”, declarou.
A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte. Um laudo pericial complementar deve ser emitido nos próximos dias, com base no material colhido após o óbito, para auxiliar na determinação da causa real da morte.

Até a conclusão desta reportagem, a equipe não conseguiu contato com a direção do hospital. O espaço segue aberto para manifestação.
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