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PF desmonta esquema aéreo do narcotráfico em Mato Grosso com Operação Proa Clandestina



A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (06.06), a Operação Proa Clandestina, um golpe estratégico contra uma sofisticada organização criminosa especializada no roubo de aeronaves, tráfico internacional de drogas por via aérea e lavagem de dinheiro.
Com mandados concentrados em Mato Grosso, a ação revela a complexidade do crime organizado em regiões fronteiriças e sua conexão com o mercado ilícito de aviação.
Alvos e medidas judiciais
Os trabalhos estão sendo executados em sete municípios, com foco principal em quatro cidades mato-grossenses:– Sinop: Considerado epicentro das operações de logística aérea do grupo– Matupá e Guarantã do Norte: Bases de apoio próximo às rotas de fronteira– Nova Ubiratã: Local do roubo de aeronaves que originou as investigações
Complementarmente, cumprem-se mandados em Palmas e Porto Nacional (TO) e Dourados (MS), evidenciando a capilaridade interestadual da organização. As medidas autorizadas pela Justiça Federal incluem:– 4 mandados de prisão preventiva– 11 mandados de busca e apreensão– Sequestro de bens e bloqueio de R$ 4,2 milhões em contas bancárias
Modus Operandi Criminoso
Investigações apontam que a organização mantinha uma estrutura profissionalizada para aquisição, adaptação e manutenção de aeronaves destinadas ao transporte de cocaína. As aeronaves eram roubadas ou desviadas e posteriormente equipadas para:– Voos de longo alcance com tanques suplementares– Transporte de cargas superiores a 500 kg– Operações em pistas clandestinas na região de fronteira trinacional (Brasil-Bolívia-Paraguai)
Segundo apurou a PF, o grupo atuava em conexão com facções prisionais que recentemente tiveram lideranças presas em operações como a Parakleto, que desarticulou comunicação criptografada de chefes do crime dentro da Penitenciária Central do Estado .
Origem das investigações
O caso remonta a fevereiro de 2024, quando duas aeronaves foram roubadas ou danificadas em um aeroporto privado de Nova Ubiratã. As aeronaves tinham histórico ilícito:– Apreendidas durante a Operação TUUP (PF, março de 2022).– Sob custódia judicial aguardando leilão– Foram alvo de ação coordenada dias antes do leilão público
Esse episódio expôs falhas na custódia de bens judiciais e acionou as investigações que culminaram na operação atual. A PF identificou que as aeronaves eram destinadas a “rotas de narcotráfico” que partem do corredor Bolívia-Mato Grosso, seguindo para Europa e África.
As investigações seguem em sigilo.



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