Uma fábrica clandestina de bebidas destiladas foi interditada na tarde desta quinta-feira (16), em uma operação da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária. O proprietário do local, que funcionava no bairro Jardim dos Estados, em Várzea Grande, foi preso.
O dono da fábrica será autuado em flagrante por crime contra a saúde pública de falsificação/adulteração de bebida alcoólica com pena de quatro a oito anos de reclusão e multa.
A ação foi realizada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e contou com o apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), após informações anônimas que relatavam o envasamento de bebidas alcoólicas sem procedência e falsificadas em uma fábrica clandestina, instalada em um galpão.
No local, os policiais da Decon e os fiscais da Vigilância Sanitária constataram a veracidade das informações, encontrando mais de 500 garrafas vazias, aguardando para ser envasadas, mais de 30 rolos de rótulos de marcas de bebidas conhecidas no mercado, três bombonas de mil litros de aguardente, além de diversos produtos quimícos e naturais que eram misturados na bebida para dar aroma e cor.
Todo material foi apreendido e será encaminhado para a Politec para análise laboratorial para verificar se o produto está contaminado, se contém metanol, ou alguma outra substância tóxica.
Segundo o delegado da Decon, Rogério Ferreira, aos olhos de uma pessoa leiga, os produtos poderiam ser facilmente confundidos com bebidas originais, trazendo grande risco à população.
“É um crime grave, uma vez que o reenvase de bebidas alcoólicas falsificadas é normalmente realizado em condições sanitárias precárias para a saúde pública, além de serem utilizados produtos que podem causar sérios problemas de saúde como doenças estomacais, cegueira e até mesmo a morte de quem consome o produto”, disse o delegado.