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Policial Militar confessa assassinato de personal trainer



O soldado da Polícia Militar Raylton Duarte Mourão confessou ser o autor dos disparos que tiraram a vida da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, no último dia 11 de novembro, em Várzea Grande. O militar, que se apresentou na manhã desta segunda-feira (22) na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Cuiabá, foi visto abatido e emocionou-se ao deixar a unidade policial, buscando evitar o contato com a imprensa.
Raylton estava na garupa de uma motocicleta, cujo condutor ainda não foi identificado pela Polícia Civil, quando efetuou os tiros fatais contra a vítima. Segundo a defesa do soldado, ele está “extremamente arrependido” do crime. A prisão temporária de Raylton foi cumprida após ele se entregar no plantão da Delegacia da Mulher.
Desde a última segunda-feira (15), Raylton e sua esposa, a farmacêutica Aline Valandro Kounz, estavam com mandados de prisão temporária expedidos e eram considerados foragidos. Aline, no entanto, permanece em paradeiro desconhecido. A defesa do policial nega veementemente qualquer participação de Aline no assassinato.
O crime e a investigação
Rozeli da Costa Souza Nunes foi brutalmente assassinada dentro de seu próprio veículo, na saída de sua residência no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande. Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens em uma motocicleta abordaram a vítima e dispararam.
As investigações da DHPP rapidamente convergiram para Raylton após a análise de imagens de segurança, que o mostravam deixando sua casa na motocicleta e retornando a pé horas após o crime. Uma operação de busca e apreensão na residência do casal não encontrou nem o policial nem sua esposa, que então passaram a ser procurados pela justiça.
Motivação
O suposto motivo para o homicídio chocante aponta para uma disputa financeira. A investigação sugere que Rozeli havia movido uma ação judicial contra o casal, cobrando R$ 24,6 mil. Este valor era referente a danos morais e materiais decorrentes de um acidente de trânsito ocorrido em março, quando um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade de Raylton e Aline, danificou o carro da personal trainer.
De acordo com os autos do processo, Rozeli tentou resolver a questão amigavelmente, sem sucesso. Ela então ingressou com um pedido de indenização de R$ 9,6 mil para o conserto do veículo e mais R$ 15 mil por danos morais. Tragicamente, a personal trainer foi morta antes que seu caso pudesse ser apreciado e julgado pela Justiça.



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