Início GERAL Professor da UFMT é acusado de assédio sexual e moral por alunas

Professor da UFMT é acusado de assédio sexual e moral por alunas



O professor e maestro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Oliver Yoshio Umeda Yatsugafu, de 35 anos, está no centro de graves acusações de assédio sexual, assédio moral, difamação e perseguição, registradas por três estudantes da instituição. Os boletins de ocorrência foram abertos nos dias 24 e 25 de novembro na capital mato-grossense, gerando uma imediata resposta da universidade, que determinou o afastamento do docente e o início de procedimentos internos de apuração.
Oliver Yatsugafu é conhecido na comunidade acadêmica por sua atuação como professor do curso de Música da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) e como regente da Orquestra Sinfônica da UFMT.
A primeira denúncia, apresentada na segunda-feira (24) por uma estudante de 21 anos, relata que a aluna foi vítima de assédio sexual. Ela descreveu um “comportamento possessivo” por parte do professor, apesar de o relacionamento entre eles ser estritamente acadêmico.
No dia seguinte, quarta-feira (26), outras duas alunas, de 23 e 39 anos, registraram um novo boletim de ocorrência. Elas acusam o professor de perseguição verbal e assédio moral, além de relatarem uma tentativa de contato físico ocorrida na noite de terça-feira, dentro do próprio campus da UFMT. Segundo o relato, as estudantes, que participam da orquestra regida por Oliver, foram chamadas para uma conversa antes de um ensaio, mas conseguiram se afastar e se esconder. O medo as levou a procurar a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) para formalizar a denúncia.
UFMT repudia e garante ações
Em nota oficial, a Universidade Federal de Mato Grosso manifestou “repúdio” aos possíveis atos e afirmou que adotará “imediatamente as providências cabíveis”. A instituição garantiu que o professor será afastado de suas funções enquanto durarem os procedimentos internos de apuração.
A Reitoria da UFMT também determinou medidas de proteção e acompanhamento às vítimas, incluindo suporte psicossocial e a reorganização das atividades acadêmicas para assegurar que não haja contato entre as partes envolvidas durante o período de investigação.
A universidade reforçou seu “compromisso com um ambiente acadêmico, artístico e profissional pautado pelo respeito, pela ética e pela dignidade de todas as pessoas”, além de sua “defesa das mulheres, a promoção da igualdade de gênero e o combate a todas as formas de assédio”. A nota conclui que, caso as denúncias sejam comprovadas, “a UFMT adotará todas as medidas necessárias, em conformidade com a legislação vigente e com as normas institucionais, incluindo a aplicação das sanções administrativas cabíveis”. A instituição reiterou sua colaboração com as autoridades competentes e seu compromisso com a proteção das vítimas e a promoção de um ambiente seguro.



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