Início GERAL Projeto de Lei para semáforos com temporizadores avança na Câmara de Cuiabá

Projeto de Lei para semáforos com temporizadores avança na Câmara de Cuiabá



A segurança e a transparência no trânsito da capital mato-grossense podem estar prestes a ganhar um reforço significativo. O vereador Dilemário Alencar (União Brasil) conseguiu, nesta terça-feira (19), derrubar o parecer contrário da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) ao seu projeto de lei que obriga a instalação de temporizadores em todos os semáforos de Cuiabá equipados com detectores de avanço de sinal. A proposta, que visa oferecer mais visibilidade aos condutores, segue agora para votação em plenário.
Vereador Dilemário Alencar
A medida é defendida pelo parlamentar como um avanço crucial na segurança viária e uma forma de combater a que ele chama de “indústria da multa”. “Há muitos anos venho lutando contra a chamada ‘indústria da multa’. O temporizador é uma maneira eficaz e honesta de proteger o cidadão, permitindo que ele veja o tempo restante e freie de forma segura, sem ser surpreendido por multas desnecessárias”, afirmou Alencar.
Mais segurança e transparência no trânsito
O projeto de lei estabelece que os semáforos com fiscalização eletrônica deverão exibir, por meio de temporizadores visíveis, o tempo restante até a mudança de sinal. Após a eventual publicação da lei, as adaptações deverão ser realizadas em um prazo de 90 dias.
A justificativa para a proposta não se baseia apenas na percepção dos motoristas, mas também em estudos técnicos. Uma pesquisa do professor Antônio Clovis Pinto Ferraz, da USP de São Carlos, é citada pelo vereador como prova da eficácia dos temporizadores, apontando uma redução de 35% e 34% nos acidentes em cruzamentos nas cidades de São Carlos e Piracicaba, no interior de São Paulo, após a implementação dos dispositivos.
Financiamento e benefícios para o cidadão
Dilemário Alencar enfatizou que a implementação dos temporizadores não representará um ônus adicional para o orçamento municipal. Segundo ele, os custos poderão ser custeados com recursos provenientes das multas de trânsito, conforme previsto pelo Código de Trânsito Brasileiro.
“Este projeto não é apenas sobre multar ou punir. É sobre salvar vidas, garantir segurança e dar transparência ao trânsito. Quem ganha com isso é o cidadão e toda a cidade de Cuiabá”, concluiu o vereador, destacando os múltiplos benefícios que a medida pode trazer para a capital mato-grossense. A expectativa agora é pela votação em plenário, que definirá o futuro da proposta.



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