Início GERAL “Vamos fechar o cerco contra adulteração de bebidas”, diz coronel

“Vamos fechar o cerco contra adulteração de bebidas”, diz coronel



O secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Segurança (Sesp-MT), coronel Fernando Augustinho, afirmou que as forças de segurança do Estado irão “fechar o cerco” contra criminosos envolvidos em adulteração de bebidas em Mato Grosso.
 

Estamos planejando ações conjuntas para fechar o cerco contra possíveis ocorrências desse crime

A medida surgiu após o registro de pelo menos 11 casos confirmados e 48 em investigação em Estados como São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal.
 
Nesta semana, três suspeitos foram detidos em uma fábrica ilegal de bebidas alcooólicas no município de Nova Mutum (242,1 km de Cuiabá). A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) vai analisar se o conteúdo foi adulterado com soda cáustica.
 
Em entrevista à Rádio Nova FM, da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom-MT), o coronel afirmou que as ações foram determinadas pelo governador Mauro Mendes (União) para reforçar a atuação preventiva e integrada das forças de segurança.

 
“Estamos planejando ações conjuntas que envolvem as polícias Militar e Civil, a Politec, a Vigilância Sanitária e a Secretaria de Fazenda, para fechar o cerco contra possíveis ocorrências desse crime em Mato Grosso”, afirmou.
 
“Na prática, a atuação inclui investigações de fábricas clandestinas, intensificação do monitoramento em pontos de venda e operações conjuntas. Na operação realizada em Nova Mutum, quando três pessoas foram presas, a estimativa é de que 900 caixas eram comercializadas por semana na região. A Politec foi acionada para a realização do trabalho pericial no galpão e nos produtos apreendidos”, contou.
 
“Cada órgão tem um papel definido e a soma de esforços aumenta a eficiência. A Politec, por exemplo, tem papel fundamental na análise de rótulos, tampas e do próprio produto adulterado, transformando vestígios em provas para investigações e processos”, acrescentou.
 
Além da fiscalização em estabelecimentos comerciais, a Sesp orienta bares, mercados e distribuidoras a adquirirem bebidas de fornecedores confiáveis e manterem comprovantes de procedência.
 
O secretário reforçou que o crime de adulteração está previsto no artigo 272 do Código Penal, com pena de 4 a 8 anos de reclusão.
 
Disque denúncia
 
Para denúncias, a população pode acionar o 181, canal sigiloso que garante anonimato, além do 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil). O programa Tolerância Zero, que já atua contra facções criminosas e invasões de terra, também foi incorporado ao enfrentamento da adulteração de bebidas, uma vez que investigações em outros estados apontaram possível envolvimento de facções nesse tipo de crime.
 
“É importante que o consumidor esteja atento a rótulos, selos, embalagens intactas e preços suspeitos. Segurança é responsabilidade de todos, e a participação da população, por meio de denúncias, é essencial para interromper esse comércio ilegal”, completou.
 
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