Início GERAL WF vê “exagero” em decisão que impôs tornozeleira a Bolsonaro

WF vê “exagero” em decisão que impôs tornozeleira a Bolsonaro



O senador Wellington Fagundes (PL) classificou como “exagerada” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
 

Submeter um ex-chefe de Estado a esse tipo de medida é um exagero e compromete a confiança nas instituições

O ex-presidente foi alvo de buscas realizadas pela Polícia Federal nesta sexta-feira (18). O político terá que usar tornozeleira eletrônica, não poderá sair de casa à noite e nos fins de semana, além de não poder se comunicar com outros investigados ou com representantes de embaixadas estrangeiras.
 
Na decisão, Alexandre de Moraes afirmou que declarações do ex-presidente e a atuação de seu filho Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, que tenta jogar a opinião pública e o governo americano contra as autoridades brasileiras, são atentados à soberania nacional.
 
Para Fagundes, a medida ultrapassa os limites do razoável e reforça a desconfiança de setores da sociedade em relação à imparcialidade do Judiciário.

 
“O ex-presidente sempre esteve à disposição da Justiça. Participa de eventos, concede entrevistas, nunca se escondeu. Submeter um ex-chefe de Estado a esse tipo de medida é um exagero e compromete a confiança nas instituições”, disse
 
O senador também reforçou o posicionamento do PL, que emitiu nota expressando descontentamento com a decisão de Moraes. De acordo com Fagundes, o partido entende que houve excesso e que Bolsonaro tem garantido compromisso com a Justiça, mantendo presença pública e institucional.
 
“O partido se manifestou de forma equilibrada, mas clara. Há descontentamento. E essa não é apenas uma posição pessoal minha como senador, mas da própria legenda, que enxerga com preocupação esse tipo de decisão judicial”, afirmou.
 
Fagundes alertou, também, para outros episódios recentes, como a decisão do STF de restabelecer o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), contrariando o Congresso Nacional.
 
“Não podemos aceitar decisões de grande impacto sendo tomadas sem debate e sem ouvir o Parlamento. A democracia pressupõe equilíbrio entre os Poderes e respeito ao voto popular”, disse o senador.
 
Futuro de Bolsonaro
 
Sobre o futuro político do ex-presidente, o senador de Mato Grosso disse que o PL ainda acredita em uma candidatura em 2026.
 
“A prioridade do PL é manter Bolsonaro como nosso candidato em 2026.” Fagundes afirmou que, até o momento, o partido não trabalha com plano alternativo e que a exclusão do ex-presidente do processo eleitoral seria um golpe contra a democracia.
 
“Acreditamos que a intenção é afastar o ex-presidente da disputa, porque ele é a maior liderança política do país. Mas reafirmo: eleições sem ele não serão democráticas”, concluiu.
 
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